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Feijão, Castelo, feijão, escalada, feijão e chuva!

A Luiza, o Afeto já voltou do intercâmbio! E para comemorar o retorno, nada como dar um rolé em Castelo para comer feijão escalar um pouco!

Dar um rolé em Castelo implica acordar cedo, 6h!!! Rodar 2h até Venda Nova do Imigrante e fazer aquela parada estratégica para comprar o lanche do dia e tomar o café da manhã na padoca das tias.

Venda Nova é uma pequena cidade que fica a 100km de Vitória  e é uma das principais cidades do interior do estado. A cidade é bem pequena, mas o município é o principal pólo agrícola do estado. Grande parte do hortifruti que é  consumido na capital vem de lá.

Para mim, Venda Nova lembra um pouco Dois Irmãos, uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul onde estudei parte do meu primário. Por isso, sempre que dou um rolé pelo centrinho lembro da minha infância em Dois Irmãos. É impressionante como até o cheiro da lojinha de armarinho é igual. A papelaria é escura e as atendentes usam o mesmo tipo de uniforme. O merdadinho é igual ao mercado da Avenida São Miguel… Tudo é tão parecido… Como é bom caminhar pelo centrinho e me sentir um pouco criança…

Outro aspecto que chama a atenção em Venda Nova é a alegria e a simpatia do povo de lá. Diferentemente de Vitória, lá as pessoas parecem mais felizes, alegres e simpáticas. As tias da padaria então… Mais feliz que lambari de sanga! A felicidade das pessoas contagia e faz o nosso final de semana começar melhor quando passamos por lá!

Mas voltando ao papo reto!

Alimentados, partimos para explorar a região do Alto Caxixe atrás de uma pedra que tinha visto no Google Maps. Essa região é, na minha opinião, um dos lugares mais espetaculares do estado. São dezenas de muralhas de granito que deixam qualquer um de queixo caído. O único porém dessas pedras é que elas não são ricas em fendas. Logo, são um prato cheio para os graniteiros. Há várias pedreiras de granito na região que contrastam com a beleza da região. É uma pena… Mas para o meu banheiro, o seu banheiro ter aquela pia bonitona de granito, alguém tem que pagar o preço…

Depois umas quebradas achamos a tal pedra. Ai oh!

Face noroeste da Pedra São Luis, Castelo – ES. A via em questão fica na face nordeste (à esquerda).

Pelo que vi a pedra se chama Pedra São Luis.

Demos um role pela pedra e “escolhemos” (como se tivesse escolha) essa fendinha ae para conquistar. A fenda é iradíssima. Ao melhor estilo Yosemite com colocações perfeitas, MAS… para chegar na base da fenda “havia uma pedra, havia uma pedra no caminho aderência…” Aderência básica que de longe engana os mais desavisados (eu?). Nego olha para a aderência e acha que dá até para solar. Mas bastou tentar dar o primeiro passo para descobrir que o buraco é mais embaixo… Ou que não tem nem buraco. A aderência que pensei em solar e colocar no máximo 1 chapa, se mostrou muito mais complexa, exigindo 6 chapas em 30m e com graduação sugerida em 7a/7b… Chegamos na base da fenda derretendo com o sol do meio-dia, então resolvemos por bem descer para reidratar, procurar outra coisa para fazer e deixar o filé para a próxima investida.

Final da primeira enfiada. Foto: Afeto.

Aproximação penosa, 5 segundos até a base da via…

Banho de rio para refrescar a mente e o corpo. Que calor!

Após um banho mais que revigorante, partimos para a Falésia de Apeninos para tentarmos um antigo projeto, 4×4!!! Na última entrada, há quase 1 ano atrás, o Afeto quebrou uma agarra-chave e a via acabou ficando mais dura (do que já era). Depois de algumas tentativas, o Afeto descobriu uma nova sequência (bote, ao melhor estilo Master of Stone), mas já estávamos cansados e sem energia  (e sem pele) para tentar uma cadena… Vai ficar para a próxima…

Mais um setor de escalada com aproximação de… 5 segundos! Afeto trabalhando a via 4×4 (projeto), Apeninos, Castelo.

À noite fomos provar o famoso feijão no Lazer Furlan! Chegamos lá podres e morrendo de fome. E o Andinho já foi nos avisando: o feijão de hoje tá melhor que das outras vezes!! Noooosssa!!!! Nãooooo!!!!

Não preciso nem dizer que comemos até passar mal.

Acho que quando vamos para Castelo e sabemos que vamos comer o famoso feijão, nós fazemos questão de comer mal durante o dia e fazer mais força nas vias do que na média só para provocar ainda mais a fome. Chega até a ser um pouco masoquista, mas digo que vale muito a pena porque o feijão é supremo!!!

Momento National Geographic! Lagartixa preguiçosa…

Teia de aranha des-camuflada com a chuva.

Pense numa centopéia que toma Todinho!

Uma quase espiral de Fibonacci.

A dúvida é: quem é o macaco?

No dia seguinte, o dia amanheceu nublado e com aquela cerração básica que convida o sujeito a espichar um pouco mais a soneca. Acordamos sem compromisso e fomos tomar aquele café da manhã que é uma outra atração à parte!!!

Após mais meia-hora de digestão, lá fomos nós tomar um pouco de espanco nas vias da falésia do Furlan e abrir o apetite para o  almoço/janta que nos esperava na volta.

A escala não foi tão rentável por causa do cansanço do dia anterior e da chuva, mas ainda assim voltamos morrendo de fome para o 2o round no feijão!!! O que é o mais importante!

Rebit no primero crux, big bote, da via “Café com leite”. Ex-7c que virou 8a que virou 8b que virou 8c que pode ser um 9a… Eta via difícil… Falésia do Furlan, Castelo.

Cachoeira do Furlan depois da chuva.

Almoço + jantinha básica no Furlan. A cara do Afeto… Que derrota… Foi o feijão ou a via?

Poxa, relendo o post, parece que a gente só foi para Castelo comer feijão… Mas não viu?! A gente se divertiu para caramba, escalou um pouco para abrir o apetite e, é claro, descansou um pouco (ou não).

É isso ae, que venha a próxima trip e o próximo feijão!

Boa semana a todos e bom descanso!

Comentários

2 respostas em “Feijão, Castelo, feijão, escalada, feijão e chuva!”

Se as pessoas são alegres e simpáticas, tu tá viajando em comparar com Zwei Brüder…

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