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Truta, história de pescador (Parte 3 da série Bari Roadtrip 2009)

Truta na grelha.

Nessa trip para Argentina, eu tinha em mente algumas metas. E uma delas era pescar e fazer uma truta assada!

Para a grande maioria das pessoas isso pode soar algo banal e irrelevante, mas para mim era tão almejado quanto subir para o Frey ou conhecer o Valle.

Quando cheguei em Bariloche, a primeira coisa que falei para o “Guia Roubada Rodrigo” foi: Quero pescar e comer uma truta!!!! Passei dias enchendo o saco dele sobre isso. E na segunda semana de estadia, ele e a Mônica me propuseram um trekking até a Laguna Llum onde rolaria uma pescaria em off. Para quem não sabe, oficialmente, para pescar truta na Patagônia Argentina é preciso ter uma permissão de pesca e pagar uma taxa. E como nem eu nem o Rodrigo tínhamos isso, teria que ser feito na camufla. Até porque a fiscalização é atuante. Em Buitreras, no meio do nada, num belo dia fomos abordados por guarda-parques e um deles era fiscal de pesca querendo saber se estávamos pescando.

Depois de 3h de caminhada montamos o acampamento nas margens da Laguna Llum e no final do dia começou a sessão truta. Como as trutas só se alimentam no inicio e no final do dia não tínhamos o dia todo para pescar. Com um equipamento hi-tec, linha, lata e colher, o  Rodrigo começou a pescaria.

Há duas formas básicas de se pescar uma truta. Uma delas é com isca de inseto, o fly fishing. É considerado o estilo mais limpo, onde o pescador com o auxilio de uma vara, linha e isca artificial de inseto, simula o movimento de um inseto que paira sobre a água,  jogando a isca perto de onde está a truta. A truta achando que o inseto pousou sobre a água abocanha a isca! O outro método é usando uma isca artificial em forma de um peixe (forma de colher). Ao lançar e recolher a linha a isca simula o movimento de um peixe intruso e como a truta é um peixe territorialista vai atrás do intruso de dá uma rapa nele. Aí ele se dá mal!

Depois de algumas tentativas, o Rodrigo tirou a primeira truta, uma bela truta arco-íris. E depois ficamos nisso… Tentei algumas vezes sem sucesso. Depois o “Guia” conseguiu prender a colher nos troncos  e perdeu a isca.

Eis a truta!

Guia Roubada e sua truta.

Ficamos com 1 truta para 3 pessoas! Mas pelo menos estava feliz da vida, pois tínhamos a tão falada truta para assar!!!

A minha paixão pelas trutas começou mais ou menos quando tinha uns 6 anos. Lá em casa, nessa época, não tínhamos TV. A minha mãe falava que não prestava e que não servia para a minha educação (pelo visto as coisas não mudaram muito desde então…). Por isso lia muito mangá japonês como uma forma de entretenimento. E um dos meus mangás favoritos era sobre a história de um garoto pescador  (Tsurikichi Sampei) que passava a vida pescando pelo Japão.  E um dos peixes mais pescados nas histórias eram as trutas que são abundantes nas águas límpias do Japão. Assim, sempre sonhava em pescar uma truta e fazer um assado, como nas histórias do mangá. Sonhos de criança…

Infelizmente no Brasil não há truta natural. Atualmente em algumas regiões serranas do Rio Grande do Sul e São Paulo estão inserindo as trutas para pesca artificial, mas não é a mesma coisa…

Enfim, voltando a truta patagônica!

Limpamos o peixe, temperamos com sal e assamos na grelha de taquara. Acompanhada com um arroz com brócolis e lentilha  ficou uma delícia!!!! Ficou entre os 5 melhores pratos que já provei na minha vida!!! (Relembrando chegou me dar água na boca….).

Rodrigo, Mônica, eu e a truta.

Falando de comida, uma outra coisa que comemos lá que foi um delírio foi o famoso cordeiro patagônico! Quando estávamos em Las Buitreras, um grupo de escaladores europeus nos propôs dividir um cordeiro que o proprietário das terras oferecia (Sr. Moncado). Por $ 200,00 ele mataria um cordeiro,  entregaria a carne cortada e ficaria por nossa conta assá-lo à moda Argentina. Colocamos a carne numa mega grelha e assamos lentamente sob a brasa . Temperada com sal, a carne fresca estava um manjar dos Deuses. Não lembro de ter comido uma carne tão boa!!!!

Pois é, até agora, nada de história de escalada… Prometo que no próximo post irei falar um pouco de escalada.

Em tempo… História de pescador sem uma mentirinha não tem a mínima graça! Melhor ainda se for história de pescador + Photoshop!!! Baita peixão!!!

Foto da esquerda, verão pescador Photoshoper. Foto da direita, foto original…

Comentários

5 respostas em “Truta, história de pescador (Parte 3 da série Bari Roadtrip 2009)”

Po, bem que eu vi uma foto mto parecida no Face do Rodrigo… Ate a grelha era parecida (melhor). Abs

HUEAHEUAAHUEHAUAHAUAHEAHEAUHUAHEAUAHUAHAUHAUAH…
Pô, Naoki, a próxima vez que quiser tanto uma truta, vamos pra São Bento que lá é mais perto 🙂

hauauhauha…eu fui testemunha da saga da Truta selvagem! O mulek todo dia falava na tal da truta e quase comprou o equipamento completo de pesque + lincensa para pesca!
Boa, boa Naoki-san, mas algo me diz que essa truta ai é treta, hein????
abrax

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