Após um voo doméstico de hora e trinta; um voo transatlântico de 10h; mais uma hora de bus urbano até a estação de trem; mais 1h30 de trem de alta velocidade; uma conexão de 5min, mais 1h de trem pinga-pinga; e mais 30min de carro: Finalmente Arco, na Itália!
Já dizia um escalador: o paraíso fica longe!
Estação de Rovereto.
Túnel para Arco. Falta pouco!
Depois de tantas horas de voo, atravessando cinco fusos, o nosso corpo já não entende mais nada e acabamos sofrendo de um mal chamado jet lag. Também conhecido como a melhor desculpa para os fracassos nos primeiros dias de escalada.
A melhor coisa a fazer é descansar, descansar e descansar! Mas quando se chega num lugar desses, após mais de 30 dias de chuva interrupta, com possibilidade de chuva para os próximos dias, a gente até esquece do tal jet lag e quer sair mordendo pedra!!!!
Primeiro dia de céu azul após quase 30 dias de tempo ruim! Estou trazendo sorte?
Massone, logo ali!
E assim, no domingo, eu, o meu anfitrião Andres e o Cesinha partimos para uma escaladinha num setor aqui perto chamado Grottosauro. Só um parênteses: Tendo o Andres e a Dir como anfitriões aqui, eu me sinto praticamente como um rei nesse vale. E ainda poder escalar com um cara como o Cesinha está sendo uma experiência e um aprendizado único. Melhor que isso só dividindo a corda com o Manolo!
O nome Grottosauro é não nada convidativo para um primeiro dia de escalada pós viagem, mas como choveu muito nos dias anteriores, acabamos ficando sem muita opção.
Andres, forrando o estômago para o climb.
Grottosauro é um setor pouco popular por aqui pelo fato de ter que caminhar uns 15min (!!!) e as vias serem um pouco duras. Só tem um 6c (duro!), um 7o e depois só 8o’s e nonos. Então foi super tranquilo escalar longe do crownd (imaginem como estava Massone um domingo de sol após 30 dias de chuva!).
Cesinha na via Hurrican (9a BRA), Grottosauro, Arco.
Infelizmente nesse dia, nesse local, o vento e o frio estavam de matar! Jaqueta de pena pegando solto e muito aquecimento para entrar nas vias. Ah, e sensibilidade nos dedos: zero. E eu ainda tinha a desculpa do jet lag! Mas no fim das contas me senti relativamente bem, não precisei recorrer a desculpa do jet lag e nós aproveitamos bem o dia.
O grande aprendizado do dia foi ver o estilo de movimentação do Cesinha nas vias. Um dos segredos? Pânico zero! Manter a calma mesmo quando estiver na eminência de falhar!
Tá ae um aprendizado para esta trip!
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Arrivederci!