Quando eu era criança, um dia nós viajamos em família a Gramado. E lá, como qualquer criança, me encantei por um carrinho de madeira que era vendido numa loja de lembranças. Tentei usar todos os métodos que uma criança usaria para persuadir os pais para que comprasse o tal carrinho. Chorei, espremei, rolei no chão, mas não teve jeito. Os meus pais não se comoveram e não me deram o tal carrinho sob a desculpa de que eu iria quebra-lo logo em seguida.
Desde então, aprendi que se eu quisesse um brinquedo, não adiantaria chorar, teria que fabrica-lo. E assim cresci, sempre fazendo os meus próprios brinquedos na garagem de casa. E quando comecei a escalar, naturalmente fabriquei todos os equipamentos: mochila, mosquetão, cadeirinha, freio, grampo, piton, estribo, tudo fabricado em casa!
Hoje, eu vi que isso ainda está no sangue. Fabricando os volumes infinitos ficava lembrando de quando fazia os meus próprios brinquedos em casa.
O tempo passa, a gente cresce, mas o espírito se mantém, assim como o aprendizado de que se você quer alguma coisa, tem que correr atrás. Aquele dia em Gramada, foi um dia muito triste para mim, mas hoje agradeço aos meus pais por ter me ensinado essa lição de vida.
Pintura do muro finalizado. A partir de hoje não será mais permitido escalar de sapatilha no muro!
De ontem para hoje não tivemos muitas mudanças. O Felipe e o Rebit terminaram de pintar o muro. Ficou top!!! A Lu, coitadinha, praticamente lavou sozinha todas as agarras… E eu bati a meta de fazer os 20 volumes. Da próxima vez não vou definir metas!
O 20 volumes pintadinhos.
Agarras lavadas e separadas por cores.
E amanhã, como disse o Xerxes, será o “dia artístico”. Devo ficar internado no galpão o dia inteiro montando os boulders e fazendo o que realmente um route-setter faz, montando vias e não serrando volumes….
Amanhã será dia de comer pedra!!!!!