A semana por aqui, assim como em todo o Brasil, foi bastante conturbada devido à greve dos caminhoneiros, então o jeito foi ficar mais de boa e evitar confusões.
Morro do Moreno
No sábado passado rolou um Moreno clássico. O Morro do Moreno, além de ser um cartão-postal da cidade, foi o local onde surgiu a escalada esportiva no Espírito Santo. É uma área de escalada antiga com vias curtas e bem específicas que adora comer a ponta dos dedos…
Devido a sua localização, e visão privilegiada, o morro é bastante frequentado por diversas “tribos”, como a galera da escalada, do rapel comercial, da caminhada, da bike, dos jipeiros e assim vai… É um local “democrático” com espaço para todos, mas onde concentra muita gente, por vezes despreparada e desrespeitosa, a natureza acaba pagando as contas. Esse é um problema que se arrasta desde sempre e devido à uma série de problemas burocráticos, parece que estamos bem longe de chegar a uma solução.
Calogi
Já no último sábado, rolou um Calogi clássico “à moda antiga” com a família Salomão, o Afeto e a Fernanda.
Quando se escala com o Afeto não existe escalada descompromissada. Com ele tudo é um desafio, uma meta, um projeto do dia! E a meta do dia era fazer volume, escalar até onde o corpo e o tempo permitissem. Sobrou inclusive para irmã Fernanda que entrou no “jogo” da “resista”.
Saímos às 7h de Vitória e às 8h30 já estávamos na trilha com um machado na mão para desobstruir a trilha devido a uma grande árvore que caiu na chegada do setor da Batida. O outono tem sido bastante chuvoso por aqui com boas rajadas de vento. Inclusive, a estrada que dá acesso ao Calogi está muito precária com valas que lembram gretas de gelo!!! Cuidado!
Aquecido ou super-aquecido, começamos o dia que se resumiu a escalar sem parar! Como estávamos em três, enquanto um escalava o outro ficava na segue e o terceiro descansando um pouco (ou tirando foto). E assim ficamos nesse ciclo interrupto até o final do dia. Para não dizer que não paramos, perto do meio-dia, fizemos uma parada cronometrada de meia-hora para o lanche e depois voltamos ao batente.
Foi uma seção digna do que Calogi tem de melhor a oferecer. No final do dia as nossas peles estavam em frangalhos e tivemos que “jogar a toalha” antes dos braços acabarem. No momento que escrevo estas palavras, ainda continuo me recuperando do dia anterior. Muita água e bastante descanso!
“Galo que acompanha pato, morre afogado.”