A semana pós “Chaminé Brasília” foi de recuperação por aqui. Durante a escalada machuquei os cotovelos me ralando na pedra e também o punho direito em algum movimento estranho. Além disso, no desconforto do bivaque acabei machucando a lombar por dormir numa posição bem desconfortável. Com isso, acabei fazendo uma semana de descanso forçado nos treinos.
Já no sábado rolou um “Calogi comportado” para garantir “zero de roubada”. Confesso que após escalar 450 m de chaminé foi muito estranho escalar um negativo com agarras e chapeletas a cada 2 m.
Aproveitando que o punho não estava 100%, resolvi equipar uma linha que sempre “namoramos” na chegada do Setor da Batida. Era uma linha que todo mundo falava: acho que aqui sai uma via! Mas sempre acabávamos procrastinando.
A nova via foi batizada de “Escale em Silêncio”, pois, ao lado da via, há uma placa de sinalização instalada pelo Poul pedindo para galera cuidar o tom de voz no setor. É claro que isso também foi uma sátira em relação à polêmica sobre sinalização de vias que andou rolando tempos atrás. Embora a primeira vista a linha pareça ter muitas agarras, logo vimos que nem tudo que reluz é agarra e a via se mostrou um 8a duro, principalmente na saída.
Falando em vias novas, nesse mesmo dia, no Setor do Vale Perdido, o Alekinho e a Alexandra também terminaram de esquipar mais três vias: “Perdido no Tempo” (7b) e “Achados e Perdidos” (Projeto) que ficam ao lado da via “Padrão Nutella”. Já no bloco principal, entre as vias “Sinfonia da Cigarra” (7c) e “Ponto de Vista” (8c), nasceu outro 8c batizado de “Entre Linhas”.
Com isso, o Vale Perdido soma 23 vias e o Calogi todo 120 vias!
Os materiais utilizados nestas conquistas foram subsidiados pela Associação Capixaba de Escalada – ACE em parceria com a Bonier.