Vista da face oeste de Calogi.
2011 está sendo um ano memorável sob todos os aspectos. Um ano de muitas escaladas e grandes conquistas. E nada como fechar um ano cheio de conquistas com mais uma conquista!!!
Aproveitando o bom humor do São Pedro partimos eu o DuNada para o Calogi. O objetivo principal do dia era resgatar a corda fixa do Chuck que estava lá há algumas semanas tomando chuvas e mais chuvas.
Chegando na base da via, a primeira enfiada estava, como de se esperar, totalmente molhada, mas graças a corda fixa do nosso amigo Chuck, conseguimos passar roubando até a P1.
DuNada jumareando a parte molhada pela corda fixa do amigo Chuck.
Dali para cima, o Chuck já tinha começado a conquista mas acabou desistindo porque ele ficou com medinho (Kkkkk). E como estava tudo seco, partimos para dar sequência a via. Nesse dia conquistamos mais 30m de via até um platozinho onde batemos a P2. A enfiada deve ter ficado na casa do 5o Sup, mas quando se vai com uma furadeira nas costas desbravando o desconhecido, o 50 grau vira um 8o sup…
A enfiada ficou com 3 proteções fixas mais 2 proteções naturais (árvores).
Para poupar a bateria da furadeira (ideia mais idiota que tive) resolvi fazer um dos furos da parada na mão… Sob o efeito do sol no lombo, puxei o batedor e comecei o longo processo de se fazer um furo na pedra. No início, parece que o furo nunca vai começar, as porradas não conseguem fixar a broca num ponto fixo e tudo sai torto. Tempos depois o furo começa a ganhar forma e até já cabe um cliff de buraco. Uma rápida medida no olho e… 0,5cm… Daí vem a fase sem lenço sem documento, quando ficamos lá batendo e batendo… E batendo. Ai finalmente chegamos no meio, ou perto do meio. O batedor já consegue ficar no buraco e as batidas tortas do início dão lugar a batidas mais firmes. Mas o furo ainda está quase no meio. Mais algumas batidas e o tédio começa tomar conta. A gente começa achar que a broca está sem fio, que o furo está passando por um veio de ferro, que foi bater no lugar mais duro da pedra, pensa em descer para pegar a furadeira, começa a ficar com sede… Até chegar na reta final. Ai o caboclo senta a lenha e começa a martelar como uma britadeira para acabar de vez o furo! Foda-se se está ficando torto, se vai quebrar a broca, o martelo… Tudo que a gente quer é terminar o maldito buraco!
Feito o furo e com a chapa devidamente batida, desci até a última proteção para pegar a furadeira e em menos de 10 segundo fiz o segundo furo… Obrigado inventor da furadeira à bateria!
Linha da via sem nome.
Da P2 visualizamos uma bela linha à esquerda, indo em direção a aresta da pedra, mas como o primeiro trecho estava bem molhado, o DuNada ficou com medinho, ai resolvemos abortar a subida e deixar o resto para 2012…
Descanso pós-escalada com direito a panetone e água gelada!
2011 não acabou ainda, mas vai deixar saudades! E que venha 2012!!!