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Garcez B. dos Santos, 2014 – A escalada no Espírito Santo

No ano passado (?), a Beatriz nos procurou para fazer um trabalho inédito sobre os escaladores do estado. Como parte da dissertação de pós-graduação em educação física pela Universidade Federal do Espírito Santo, ela quis estudar o comportamento das “tribos” de escalada do estado. E agora, em 2015, o trabalho foi finalmente publicado e ela ganhou o título!!!

Resumidamente (as 155 páginas…) ela quis fazer uma “análises acerca das interfaces subjetivas da(s) tribo(s) de escaladores do ES e suas relações/mediações sociais com a natureza, o risco e a pluralidade de sensações.” Para isso, ela mergulhou no nosso “sub-mundo” participando de reuniões, atividades e praticando o esporte.

Além disso, como insumo, ela faz uma série de entrevistas com alguns escaladores, além de elaborar um pequeno censo para levantar o perfil dos escaladores do estado.

Sobre esse censo, há vários aspectos muito interessantes:

Participaram da pesquisa 81 pessoas. Considerando que a nossa comunidade é bem tímida, creio que esse número seja bem representativo e próximo do real. Destas, 46% são de Vitória e 20% de Vila Velha. E se somarmos das duas cidades, dois terço dos escaladores (66%) do estado estão concentrados nas duas cidades.

Quanto ao sexo das pessoas, 81% são homens e 19% mulheres. Se compararmos esse dado com o censo nacional de 1995 e 2005, é possível de notar que estamos dentro da média (78% e 83% de homens respectivamente).

Destes, 43% são casados/união estável, ou seja, quando é solteiro é mais fácil de escalar! Brincadeirinha… A Bea disse que não há relação direta entre estado civil e escalada.

Quanto à escolaridade, a maioria, 81%, tem superior incompleto, completo ou pós-graduação. E isso acaba refletindo um pouco na renda média dos participantes, onde 44% têm uma renda entre R$ 2000,00 e R$ 5000,00. O que chama a atenção é que 11% dos escaladores possuem renda acima de R$ 7800,00. Logo, a teoria de que para ser escalador é preciso ser rico, é uma meia verdade! Alias, eu comecei a escalar sem ter um tustão no bolso. É mais difícil? É! Mas não é impossível! É muito mais uma questão de vontade. Aliás, para ser escalador no Brasil tem que ter muita força de vontade! Não é um esporte para acomodado!

Sobre a faixa etária, 79% têm entre 23-38 anos. O que é mais ou menos coerente com o grau de escolaridade e a renda média. Outra coisa interessante é que 1 pessoa tem mais de 55 anos. Quem será? Eu tenho o meu palpite. Por outro lado, há uma pessoa com menos de 15 anos. Essa é fácil! Começa com “Gra” e termina em “Veto”.

Outro fato interessante é que 75% dos escaladores tem menos de 10 anos de esporte e 1/4 dos escaladores tem entre 1 e 2 anos de prática. Logo, a escalada no Espírito Santo é formado essencialmente por escaladores novos, o que é muito legal!

Quanto a frequência, a boa notícia é que 75% dos participantes pratica entre uma e quatro vezes por semana! Porém apenas 41% dos escaladores viajam para escalar pelo menos 1 vez por mês. Conforme constatado pela Bea, o problema é que as nossas áreas de escalada não estão concentradas na região metropolitana onde a maioria dos escaladores vivem. Para nós, viajar 150km é quase um “logo ali”, embora tenhamos boas áreas de escalada mais perto (por exemplo, o Calogi que fica a apenas 50km de Vitória).

Enfim, na dissertação da Bea tem outros dados bem interessantes, assim como o trabalho sobre a “tribo da escalada”. Clique no link (BEATRIZ GARCEZ) e leia com mais calma o trabalho dela!

Boa leitura!

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