11a, Acesso Calogi, Boulder Week

Primeiro 11a do ES

No final do mês de julho, o escalador Alex Mendes realizou a primeira ascensão da via “Limite do Amanhã”, propondo o primeiro 11a do Espírito Santo no Setor Vale Perdido em Calogi.

Essa linha foi uma das primeiras que o Alequinho equipou assim que descobriu o setor em abril e desde então ele vem trabalhando sistematicamente a linha até que na última semana de julho realizou a tão sonhada ascensão.

Segue o vídeo da cadena!

Com isso, o ES tem agora um 11a, um 10c e dois 10a’s. Segue a tabela das vias esportivas mais difíceis do Estado.

NoViaGrauSetorEquipadorFARepetições
1Limite do Amanhã11aCalogiAlex MendesAlex Mendes
2Centenário10cCalogiAlex MendesAlex Mendes
3Transatlântico10aCalogiFelipe Alves, Diogo RebitFelipe AlvesFelipe Alves, Naoki Arima, Alex Mendes
4Evolução da espécie10aUlianaAlex MendesAlex Mendes
5Avalanche9cCalogiCaio Afeto, Naoki ArimaNaoki ArimaNaoki Arima, Felipe Alves, Caio Afeto, Alex Mendes
6Thor9cMorro do MorenoCaio AfetoCaio Afeto
7Café intenso9b/cUlianaDante, Dani, Léo BaiãoDanteAlex Mendes, Naoki Arima
8Contra-avalanche9bCalogiNaoki ArimaNaoki ArimaFelipe Alves, Caio Afeto, Alex Mendes, Breno
9Expresso Shangai9bCalogiNaoki ArimaAlex MendesNaoki Arima
10Moedor de Dedo9bCalogiNaoki ArimaNaoki ArimaFelipe Alves, Alex Mendes

Outra curiosidade é que das 10 vias mais duras do Estado, 7 estão em Calogi.

Boulder Week

Na última semana, 16 a 20 de agosto, aconteceu no muro da ACE o Festival Boulder Week, um pequeno festival de boulder para marcar a volta das atividade da associação após um ano meio de inatividade devido à pandemia.

Desta vez, todos os 40 boulders foram marcados diretamente no app Boulder Creator e cada participante ficou responsável pela contabilização das ascensões ao longo da semana.

Ao fim de 5 dias de muita ralação, o escalador Breno Küster (2295 pontos) foi quem mais pontuou (pontos corridos) seguido da Yasmin (2149) e do Eric Penedo (1584 pontos).

Segue a classificação final:

Lembrando que a pontuação máxima era de 3200 pontos.

ColocaçãoNomePontos
1Breno Kuster2295
2Yasmin Dilkin2149
3Eric Penedo1584
4Fabio Fabre1543
5Mateus Zorzo1453
6Lissandro Dilkin1380
7André Magalhães1208
8Felipe Moura1206
9Henrique Pereira1201
10Alexandra Figueiredo995
11Douglas Maioli821
12Cássio Coutinho695
13Alex Venturini693
14João Vitor543
15Victor Soares500
16Luis Prét490
17Felipe Sertã450
18Jakson Antoniolli400
19Luciola Selia400
20Amanda Vieira395
21Thiago Flores393
22Lucas Ambrosio393
23Siwamy dos Anjos382
24Arthur Tenório350
25Marcos Cypriano213
26Guilherme Tavares196
27Maurício Sartori173
28Fernanda Amador100
29Luciano Perini63
30Natália Tamiasso48

Também fiz uma pequena estatística para ver o nível da galera. Os boulders montados, por mim e pelo Alequinho, foram graduados entre V0 e V7, sendo que um dos V7 não teve ascensão. Olhando o gráfico abaixo que mostra o histograma das ascensões por dificuldade podemos concluir que:

Há claramente 3 patamares e a grande maioria escala até V5. Na minha conversão, um V5 seria um equivalente em via de um 8c a 9a. O que é coerente com o cenário atual. Também é possível observar inúmeras ascensões até V2, primeiro patamar, indicando que temos muitos iniciantes no boulder.

Lembrando que toda arrecadação será destinada para auxiliar o escalador e sócio da ACE, Alex Mendes que garantiu uma das vagas remanescentes da Associação Brasileira de Escalada Esportiva – ABEE para participar do Campeonato Mundial de Escalada que acontecerá em setembro na capital russa Moscou.

Marcos apertando no boulder Kefir (V2).
Festival Boulder Week.
Fazendo as contas no app Boulder Creator

Este evento foi organizado pela Associação Capixaba de Escalada e teve o apoio de: Sapo Agarras, Curtlo e Boulder Creator.

Acesso Calogi

Em meados do ano passado, durante a pandemia de Covid, o proprietário de Calogi, Sr. Jorge, propôs aos escaladores a possibilidade de realizar melhorias na estrada de acesso ao setor. Na ocasião tivemos uma reunião informal sobre as melhorias e decidimos que juntaríamos uma verba entre os escaladores e alugar uma máquina para acertar o acesso que estava bem precário devido às chuvas dos últimos tempos.

Primeira reunião informal com os proprietários para discutir o acesso.

Conseguimos juntar a verba com os escaladores, mas esbarramos na hora de viabilizar o maquinário. Basicamente, a hora máquina era inviável para o empreiteiro considerando o tamanho da obra. Foi preciso esperar mais de um ano para que conseguíssemos uma “poção” que pudesse realizar esse trabalho.

E nos dias 16 e 17 de agosto finalmente a obra foi realizada, alterando o traçado da estrada no trecho mais pedregoso e suavizando outra parte crítica. Com isso, agora é possível subir de carro normal até o estacionamento superior sem grandes dificuldades.

Traçado novo à esquerda e o traçado antigo à direita do trecho mais pedregoso.
Traçado novo recém construido.

Para realização dessa melhoria 30 escaladores (as) aportaram uma grana totalizando R$ 3200,00 arrecadados. O custo da hora máquina foi de R$ 200,00 por 16h de trabalho.

Até onde sei, eu acho que essa foi a primeira obra desta natureza num pico de escalada, onde os escaladores se organizaram para conseguir uma máquina de grande porte para realizar uma melhoria de acesso a uma área de escalada.

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