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Sem querer, achamos um novo setor de boulder

Eu não queria fazer essa postagem para contar a presepada do final de semana, mas resolvi escrever porque eu acho que no futuro será importante.

Em 2008, Amaral, Zé, Afeto e eu abrimos uma nova área de boulder em Fundão (?) e nunca mais voltamos, mesmo tendo prometido que iríamos voltar logo.

Doze anos depois, achei que seria legal voltar lá novamente, afinal de contas, parece que 2020 será o ano “do retorno com o passado”. Sabe quando falamos: outro dia a gente volta e nunca mais volta? Pois é, já estou com dívidas demais…

Como o dia prometia muito calor, adotamos a estratégia do verão: escalar no Moreno pela manhã e à tarde ir para os boulders para aproveitar o final do dia, início da noite.

Após muita troca de mensagem, por volta do meio-dia, Gaby, André, Douglas, Yasmim, Eric e eu partimos de Vila Velha rumo a Fundão. No caminho, ainda catamos o Lissandro e em Fundão encontramos o Iury, John, Fred, Tesourinho e seus amigos. 

O objetivo da tarde era voltar à área de boulder que abrimos em 2008, mas o problema era que nenhum de nós sabíamos onde ficava essa área. A região entre Fundão e Aracruz tem um relevo muito parecido, sem grandes referências, o que deixa tudo muito parecido. Eu marquei no GPS um ponto que suspeitei que fosse a tal área, mas chegando lá descobri que não era ali…

Para deixar tudo mais dramático, a caminho da pedra ainda pegamos um temporal de verão que testou toda nossa fé e tenacidade. Por sorte, a chuva passou tangenciando pela área de boulder e nos poupou de um banho épico.

Ainda durante a ida, se não bastasse o temporal de verão, resolvemos pegar um atalho por dentro para cortar caminho, seguindo um caminho alternativo dado pelo GPS. Todo mundo sabe que atalhos nunca serão melhores do que o caminho original, mas sempre somos seduzidos por essas porcarias… Resumo da ópera, o atalho começou a andar em círculo e quando resolvemos perguntar numa casa, descobrimos que mais adiante a ponte tinha caído e teríamos que retornar…

Não achamos a área de boulder de 2008, mas no local marcado pelo GPS tinha uns blocos. Como já estávamos ali, resolvemos bater perna em busca de diversão.

Infelizmente, assim como na maioria dos boulders do Estado, esses eram igualmente desprovidos de agarras e tivemos que usar muita perna e criatividade para tirar leite da pedra, mas no fim, achamos alguns boulders bem legais para passar a tarde. 

Gaby num V1 de travessia.
André num V4 de placa. Foto: Yasmin
John se entendendo com os abaulados.
Éric Penedo num highball.
Yasmin negociando com os abaulados. Pela manhã ela mandou a via “Agarras Soltas” (VI) no Morro do Moreno.
Eu no crux do highball. Foto: Yasmin.

Da minha parte, voltei arrasado por não ter achado a área de boulder, mas já comecei a trabalhar para me redimir o quanto antes, reestudando toda área com mais calma.

Valeu galera por me acompanhar na barca furada!

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