Dor de cotovelo aos 40 anos

Em meados do ano passado, Eric, Rodrigo e eu concluímos um antigo projeto na Parede dos Sonhos em Itarana, a via “Dor de Cotovelo”. No post da conquista tem toda história sobre essa via.

Para mim, a relação com uma via não acaba ao término da conquista. A “conquista” de uma via só acaba após realizar a ascensão em livre. Pensando nisso, nesse final de semana voltei com o Eric para tentar finalizar essa pendência. Digo tentar, porque infelizmente acabei caindo na enfiada crux da via devido a uma agarra de pé que resolveu quebrar na hora errada. Tenho a teoria de que agarras só quebram quando a gente escala mal uma via. Quando estamos escalando bem, somos mais criteriosos e não escolhemos agarras erradas e mesmo que a agarra seja suspeita, podemos transferir a força e o peso necessário para que ela não se quebre. Preciso admitir que não escalei bem, por isso fiz escolhas erradas que me levaram à corda e perdi o meu presente de aniversário…

Enfim, tirando o susto, terminei a enfiada e seguimos escalando até o fim emendando com a via “Vivendo o Sonho”. Tocamos a escalada sem pressa e em aproximadamente 4h 30 terminamos as 6 enfiadas da via no meio da tarde e descemos.

Agora só me resta voltar lá outro dia para tentar liberá-la novamente. Vale lembrar que a enfiada já foi encadenada com corda de cima pelo Eric e Rodrigo.

Algumas notas sobre a via e a “Parede dos Sonhos” para futuras repetições. O mato tomou conta da estrada e o acesso está bem complicado. O ideal é deixar o carro na última casa e seguir caminhando abrindo o mato no peito. Para descer pela via é preciso levar material de abandono (4 cordeletes ou fitas) para reforçar as paradas. Por favor, não rapelem somente em uma chapeleta!

Agradecimento ao fotógrafo de Itarana “Bae” por nos passar a previsão do tempo completa dos últimos dias! Salvou o nosso final de semana!