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Via Sacra, 2a investida

No último domingo, dia 14 de julho, Chuck, Tesourinho e eu voltamos a via “Via Sacra” e concluímos a conquista.

Na primeira investida conquistei 6 enfiadas em solitária e baixei faltando só o trecho final. O relato da 1a investida está aqui!

Dessa vez voltei com o Chuck que está voltando, depois de 7 meses, de uma cirurgia no ombro; e o Tesourinho que dessa vez ficou sem desculpas porque fomos buscá-lo na casa em Aracruz.

Como já tinha uma ideia do que estava nos aguardando, saímos de Vitória mais tarde, às 6h, e chegamos na base da via às 8h 30.

Iniciamos a escalada repetido as 6 enfiadas já conquistadas. A ideia era ir liberando as enfiadas para calibrar a graduação.

No fim, liberamos todas as enfiadas após 3h30 de escalada, quando chegamos no platô da P6.

Começando a escalada. Foto: Tesourinho.
Primeira enfiada.
Chuck na travessia da 2a enfiada.

A partir dali, o Chuck pegou a ponta da corda e conquistou a 7a enfiada, uma enfiada que começa em agarrência e depois segue entre as bromélias até o grande platô de cima. 

Chuck iniciando a 7a enfiada.

No platô fizemos uma longa travessia, sem corda mesmo, à direita, fugindo da parte mais vertical, buscando um rampão que havia visto na imagem de drone.

Ali, o Tesourinho pegou a ponta e esticou mais 60m até bater no outro platô, na base da “cereja do bolo”. 

Tesourinho tocando a 8a enfiada.

Chegamos nesse platô com o tempo querendo virar. Vento forte, nuvens pesadas e chuva no mar pareciam o prelúdio de um temporal.

Tempo querendo virar.

Peguei a ponta da corda o rápido que pude e subi pela única linha possível que poderia ser escalado em livre. Por sorte, após uns 15m achei, uma fenda que me acompanhou até o cume, o que foi um grande adianto para conquista desse trecho final.

Chegamos no cume por volta das 14h30 e, por sorte,  a chuva acabou não se concretizando. Ficamos ali mais um bom tempo contemplando a vista e descansando um pouco. 

Fotinho no cume!
A capela.

Deixamos um livro de cume no final da última enfiada, logo abaixo de um bloco solto. Como o cume é muito frequentado por turistas, tivemos que deixar a urna mais escondida. Ah, levamos a urna, mas esquecemos de levar o caderno, quem for repetir, favor levar um caderninho.

Livro de cume.

A descida foi bem tranquila, pois já conhecíamos a trilha que é a mesma dos turistas que visitam a capela.

No total, a via ficou com 9 enfiadas, totalizando 370m de extensão, mais as caminhadas nos platôs. Ficou uma via bem variada, com certeza quem for repetir não ficará entediado com a escalada.

As duas primeiras enfiadas em móvel são ótimas, sendo a segunda, na minha opinião, uma das melhores da região. A 4a e a 5a são outras duas enfiadas muito boas. Uma boa escalada para testar as habilidades no slab. Já a partir da 6a enfiada, a via entra no terreno de aventura, com mais vegetação, caminhadas e escaladas mais fáceis.

A última enfiada, guarda um pequeno crux logo na saída, antes de costurar a primeira proteção. Depois, a escalada segue pela fenda até o cume. A parte mais legal é que você chega no lado da Capela. Sem dúvida um gran finale!

Obrigao ao Chuck e ao Tesourinho por aceitarem mais uma barca pesada. Foi um dia divertido, mas também um pouco sofrido!

Capela de Monte Serrat.

Comentários

2 respostas em “Via Sacra, 2a investida”

Depois de 7 meses sem escalar, é sempre bom voltar escalando leve.
Pena q não deu certo!

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