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Escalada esportiva em Vitória, Espírito Santos

Sim, existe escalada esportiva em Espírito Santos! Engana-se quem acha que Espríto Santos só tem escalada tradicional. Na região da grande Vitória estão localizados os principais points de escalada escalada esportiva do estado: Morro do Macaco em Vila Velha e a Falésia do Capeta em Viana.

No último final de semana, dias 16 e 17 de julho, tive a opotunidade de conhecer e escalar nestes dois points esportivos de granito e graisse, respectivamente, na companhia dos escaladores Maurício Sartori (gaúcho radicado), Osvaldo Cruz “Baldin” (escalador local), Caio “Afeto” (garoto revelação) e Max (paranaense radicado).

No primeiro dia, sábado, conheci o Morro do Moreno que está localizado logo após a famosa Terceira Ponte que liga a cidade de Vitória a Vila Velha. Este complexo é dividido em três setores: Cabeça, Boca e Barriga. A rocha é um granito fino que texturalmente lembra um arenito abrasivo. A primeira impressão que tive foi que a rocha era bem macia e gostosa de se escalar, mas era pura ilusão, na segunda via os meus dedos já estavam pedindo água…

Deixando as lamentações e as desculpas de lado, as vias destes setores (Boca e Barriga, não conheci o setor Cabeça) são bastante técnicas, com bastante pezinho e regletinhos, uma vez que a maioria das vias são positivas. Dentre as vias, recomendo a via Hemoglobina (8a/b) no Setor Boca e a via Matrix (8b/c) no Setor Barriga.

Uma outra coisa que chamou a minha atenção foram os boulders perdidos na base da falésia, principalmente indo para o Setor Barriga. Inúmeras são as possibilidades nestes blocos que vale a pena “perder” um dia para uma B-session!

A aproximadamente 30km de Vitória, no município de Viana, encontra-se o mais novo point de escalada esportiva da região, a Falésia do Capeta. Está área, diferentemente do Moreno, está localizada no alto de um vale, distante da civilização, perdida no meio do nada e longe de tudo. Como a área ainda está em fase de desenvolvimento, conta apenas com 10 vias, porém o potencial é para pelo menos mais 10 vias. Uma das caracterísitcas das vias desta área é a extensão das mesmas. A maioria das vias têm mais de 25m de extensão e as agarras, além de abrasivas, são, por vezes, meia abauladas, exigindo do escalador uma certa resistência ao ácido láctico!! (Nossa quanta vírgula…)

Embora não tenha escalada em muitas vias deste setor, recomendo a via Twist Carpado, um 7b de aproximadamente 28m de extensão que vai minando aos pouco o escalador.

No final do dia de domingo, fui conhecer o famoso boulder Cirugia, um projeto de mais de 4 anos!! O boulder fica ao lado de uma ciclovia e de frente para um dos cartões-postais de Vitória, a Terceira Ponte. O boulder é muito interessente, tirando a aderência tensa usada para a descida, só há essa possiblidade para dominar o bloco. O lance fica numa aresta, com uma saída estilo “abraço de urso” até uma agarra relativamente boa. Ai vem o crux, uma dominada hedionda que ainda não foi isolada!!! Particularmente acho que boulder deve ser acima de V8, no mímino. Fica para a próxima!

Dicas: Na falésia do Moreno, o ideal é escalar pela manhã quando todos os setores encontram se com sombra. Depois do meio-dia, o sol pega direto nas paredes e é praticamente impossível de se escalar. Já na Falésia do Capeta, o melhor turno é à tarde. Ah, segundo os locais, parece que nesta falésia os mosquitos são implacávies, por isso o ideal é escalar de calça e reforçar a proteção com repelente (para mim isso é lenda, porque não vi nada disso).

Special thanks to: Maurício Sartori e esposa pela hospedagem e companhia para as escaladas. Ao Baldin pelos betas e parceria durante a estada. E ao Caio e Max pela parceria no domingo.

Para quem tiver maiores interesses sobre estas e outras vias, acesse o site da Associação Capixada de Escalada – ACE (http://www.ace-es.org.br). Lá, você encontra croquis, fotos e parcerias.

Comentários

3 respostas em “Escalada esportiva em Vitória, Espírito Santos”

[…] Visitei o local pela primeira vez em 2007 e desde então fui poucas vezes. Mas é muito nítido como as coisas mudaram, e muito, ao longo dos últimos 9 anos. Naquela época, o Morro do Moreno ainda era um lugar ermo, remoto, “frequentado por ninguém…” Era comum passar o dia lá e não ver uma alma. E quando aparecia alguém para escalar era um conhecido. […]

[…] você é escalador, tudo é mais fácil, mesmo quando chega numa cidade nova. Na verdade, eu já tinha vindo a Vitória uns meses antes e nessa ocasião conheci o PA, Afeto e o Baldin. Então, quando voltei novamente já foi mais […]

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