A história da escalada na Pedra do Itapocuçu (e não Calogi) começou em 1998 quando os escaladores Zé Márcio, Tarso e o Eduardo iniciaram a conquista de uma via na face norte da pedra, mas logo abandonaram a conquista após a 1a enfiada. Esta via, batizada posteriormente de “Cabra Macho”, só veio a ser concluída em 2012 quando o Zé, dessa vez em companhia de Sandro Souza continuaram a conquista e finalmente bateram no cume do totem.
Após um longo período sem conquistas, em 2010, os escaladores, Zé Márcio, Luca Portilho e Sandro Souza voltaram à pedra e conquistaram a via “Quebra Coco” pela face nordeste do pico, estabelecendo assim a primeira via completa da pedra com acesso ao cume.
Durante os trabalhos de conquista, os conquistadores deslumbraram uma pedra no acesso à base da via com grande potencial para algumas vias esportivas duras em uma placa negativa e com poucas agarras.
A notícia da tal parede se espalhou e chegou aos meus ouvidos que juntamente com o Rebit, partimos, no próximo final de semana, para um reconhecimento. A tal pedra salpicada de agarras é onde fica atualmente o setor da via Batida Macabra (9a). No dia 02/10/2010, sob uma fina garoa, com alguns betas, partimos Rebit e eu rumo a tal pedra para avaliar o local. Após um rolé pela pedra avaliamos o potencial e, no mesmo dia, realizamos a conquista da via “Bolinho de Chuva” uma via de 6o grau que serviu de top para a conquista da via “Tempo de Chuva” (7a), atualmente 7b após a quebra de várias agarras.
Desde então foram conquistadas e equipadas inúmeras novas vias, principalmente no totem, onde estão as vias mais longas e atléticas do estado.
Atualmente, o local conta com mais de 100 vias esportivas e tradicionais com dificuldades que vão do 4o grau ao 10a brasileiro. Aliás, é em Calogi que fica a via esportiva mais dura da atualidade (ES), a via Transaltântico (10a).
Saindo da capital, Vitória, tome a BR-101 em direção ao Norte do Estado. Depois de passar pela Polícia Rodoviária Federal de Serra, marque 4km no odômetro. No próximo posto de gasolina à direita, entre na rotatória e tome à esquerda para Calogi. Siga até o primeiro trevo. No trevo, tome à direita e siga sempre pela principal. Na venda siga reto, não entre à esquerda. A essa altura já é possível avistar a pedra. Atravesse o trilho de trem, vire à esquerda e na bifurcação seguinte tome à esquerda passando pelo mata burro. Na bifurcação seguinte vire à direita e saia da vicinal principal. Siga pela estrada até uma porteira grande. Se a porteira estiver trancada, estacione o carro por ai mesmo e siga caminhando. Se a porteira estiver destravada, continue pela estrada. Junto a casa azul (um pouco escondida), tome à esquerda e siga por uma estrada bem ruim até o fim. Manter todas as porteiras fechadas! O nome desta localidade é Alto Colina Verde, caso se perca. A localidade de Calogi fica num outro lugar. Cuidado para não se confundir!
ATENÇÃO: cuidado com as rotas traçadas pelo Google Maps! Há uma opção que leva a uma estrada intransitável! Siga a rota descrita acima!
Batida, Segundo Andar e Excluídos - Sombra o dia inteiro. Totem - Sombra pela manhã. No inverno o Sol chega antes do meio-dia (10h) e no verão por volta do meio-dia. Sol à tarde.
Uma corda de 70m, lona, 25 costuras e móvel para algumas vias.
Granada Biotita Gnaisse. Completo Nova Venécia. Proterozóico.
Todas as vias estão protegidas com chapeletas e chumbadores de 3/8 com parada dupla. Não retirar os mosquetões nem montar top rope diretamente.
Melhores condições com vento nordeste (predominante). Quando o vento estiver de sul, o setor fica bem abafado e os mosquitos fazem a festa!
Não é permitido acampar no local.
0800 283 9904
Embora Calogi seja mais conhecido pelas vias esportivas, também possui algumas vias tradicionais bem interessantes para todos os gostos e dificuldades.
13/02/2024
Naoki Arima
2x corda de 60m; 4 costuras, 1x Camalot #.4 - #4.; fitas longas.
Esta via fica à esquerda, aproximadamente 10m, da via Quebra Coco. A imagem abaixo mostra a saída da via e a primeira proteção natural numa árvore. Depois, a via segue pela esquerda onde está a primeira proteção fixa.
26/09/2012
Eduardo Camiletti, Luca Portilho, Zé Márcio e Sandro Souza
Costuras (6), 1 corda de 60m (!) e algumas fitas.
1a enfiada – escalada fácil protegida em grampos até o primeira linha de vegetação onde fica a P1 em árvore.
2a enfiada – a via segue passando pela vegetação em direção a segunda linha de vegetação, dessa vez um pouco menor onde fica a P2. Parada natural.
3a enfiada – enfiada crux da via com uma saída mais vertical e depois segue em diagonal à esquerda até uma árvore onde fica a P3.
4a enfiada – enfiada pouco repetida por um terreno mais fácil e vegetado em direção ao cume. Não possui proteção fixa ao longo da enfiada, apenas na parada.
A partir deste ponto a via segue caminhando em direção ao cume da pedra.
Pode se descer pela própria via ou descer pelo Totem que pode ser acessado pela P3. Este caso exige um pouco de familiaridade com as vias do Totem para achar a linha de rapel. Caso use apenas 1 corda de 60m é preciso desescalar alguns trechos, como por exemplo da P4 para P3.
27/04/2013
Naoki Arima, Caio Afeto e Roney DuNada
2x corda 60m; 15 costuras, sendo a metade longa; Friend (Camalot #.5, #.75 e #2); Material de abandono para o rapel (P7).
1a enfiada
Enfiada curta de aproximadamente 17m para acessar um pequeno platô. 3 proteções. Móvel opcional (Camalot #2) no diedro. 5o grau.
2a enfiada
Outra enfiada curta de uns 15m de um platô para o outro. Tem um pequeno crux na virada do negativo (7a). Depois segue para direita e volta para esquerda. Cuidado com os blocos soltos perto da P3. É possível juntar a 1a e a 2a enfiada para ganhar tempo (35m)
3a enfiada
Enfiada constante graduada em 7c. A P4 fica no meio da via num pequeno platô. As chapeletas não estão com argolas. Gerenciar as costuras para minimizar o atrito.
4a enfiada
Enfiada curta que pode ser juntada com a terceira, mas o arraste aumenta consideravelmente. Tem um lance exposto na saída da enfiada com potencial fator 2. Cuidado com os blocos soltos na chegada da P5. É possível emendar a 3a e 4a enfiada (35m).
5a enfiada
Enfiada começa protegendo em móvel (um Camalot #.5) e depois segue pelas chapas até alcançar uma parada num platô. Não é uma escalada constante, mas com passadas duras isoladas. Uma das melhores enfiadas da via. 7c. 30m
6a enfiada
Enfiada longa e exigente que começa com um lance exposto até buscar um pequeno platô. Depois segue por uma sequência dura até a pedra perder inclinação (8a). Gerenciar bem as costuras para minimizar o arrasto. Vide no croqui a proteção-chave para minimizar o arrasto. 35m
7a enfiada
Escalada em aderência que começa com um pouco de trepa mato com pedra até buscar uma rocha mais limpa. Sequência intercalada com vários crux´s. 7a. 35m
No cume há uma fita abandonada com mosquetão que serve para trazer a corda para a borda e auxiliar na hora de puxar a corda. É recomendável abandonar uma outra fita como backup. Do cume, descer de parada em parada até a base.
Se estiver escalando com 2 cordas de 70m, levar a 1a corda até a P4 e depois seguir a escalada até o cume com 1 corda. Descer do cume até a P4 de parada em parada com uma corda de 70m e da P4, emendando as duas cordas de 70m, descer até a base.
Normalmente a via pode ser repetida em 4 a 5 horas de escalada, mais uma hora de rapel pela própria via.
A dica é entrar de manhã bem cedo na via para aproveitar ao máximo a sombra. Vale lembrar que, durante o verão, o sol demora mais a bater na parede. Mas a melhor condição é um dia frio e nublado de inverno quando a temperatura é mais amena.
05/11/2023
Naoki Arima e Fábio Fabre
2x corda 60m; 4 costuras; Camalot #.3-#4.
18/03/2012
Zé Márcio, Sandro Souza, Tarso Soares e Eduardo Soares
Equipos: 2 cordas de 50m; Camalot C3 #1 e #2; Camalot 2x #.3-#6; um jogo de nut; e fitas (muitas).
Para ler mais sobre a via “Força Aérea Urubu”, clique aqui!
1a enfiada – A via inicia num diedro bem óbvio com muitas agarras todo protegido em móvel (peças grandes). Assim que o diedro acabar, segue em diagonal à direita por um trecho de trepa-pedra com mato até a P1 que está após uma dominada de um platô suspenso.
2a enfiada – A linha segue pela chaminé até o platô onde há uma parada simples. Reforçar com um Camalot #3.
3a enfiada – Trecho curto de aproximadamente 15m em A2 por um sistema de fissuras à direita da chaminé principal até a parada dupla.
4a enfiada – A via volta à fenda principal contornando o grande bloco pela esquerda e entrando na fenda de meio-corpo em diagonal até o 2o grampo simples onde fica a parada. Reforçar com um Camalot #5.
5a enfiada – A via segue pelo grande diedro em meio-corpo até o final, sempre seguindo a fenda principal. Parada natural em árvore.
Descida – Do cume até a P4 com uma corda; Da P4 para P1 (2 cordas) e depois até a base (2 cordas).
20/08/2016
Caio Afeto, Gillan Schirmer e Naoki Arima
Duas cordas de 60m; Oito costuras;Fitas para alongar as proteções; Móvel (Camalot #.3-#3); Uma pinça de bolso para tirar os espinhos.
Para saber mais sobre a via “Cabra Macho”, clique aqui!
1a enfiada – A via começa em uma parede positiva cheia de agarras boas. Após a 2a proteção, há a possibilidade de proteger o lance com um friend (#.4). O crux da enfiada (VI), está na travessia à esquerda após a 3a proteção fixa para buscar uma canaleta com uma árvore. Na canaleta, o lance é protegido com mais algumas peças até dominar um enorme bloco, onde há 2 proteções fixas. A parada está logo após o bloco, dominando um platô com árvore. 32m
2a enfiada – A escalada segue à esquerda até a 1a proteção fixa e depois volta à direita em travessia para ganhar uma aresta até encontrar uma fenda vertical onde fica a parada móvel (Camalot #1-#3). 15m
3a enfiada – Mais uma vez a saída é pela esquerda para depois fazer uma travessia à direita, onde está o crux da enfiada. Depois, a via segue por uma pequena aresta dominando uma laca até a parada fixa. 15m. Alternativamente existe a possibilidade de emendar a 2a com a 3a enfiada, mas nesse caso é preciso gerenciar bem o atrito usando fitas longas.
4a enfiada – A via segue à esquerda protegendo em 3 proteções fixas até ganhar uma canaleta à esquerda. O crux da enfiada está nesse lance inicial. Na canaleta, há uma proteção móvel (#.75-#2) e logo em seguida mais duas proteções fixas para ganhar o platô, onde está a P4. 25m. 5 proteções fixas + móvel.
5a enfiada – A enfiada começa no diedro que fica logo acima da parada. O trecho inicial é protegido em móvel (#.3-#5) até fazer uma travessia à direita onde há mais 3 proteções fixas. A parada fixa da via fica dominado a rampa final. 23m. 5 proteções fixas + móvel.
Descida – Descer na sequência até a P3 e dali, com duas cordas de 60m é possível chegar até o chão.
02/02/2014
Naoki Arima, Caio Afeto e Zé Márcio
Uma corda de 60m (se não descer no meio da via); 2 jogos de Camalot ou equivalente até #4. Se tiver o #5 ajuda! 6 costuras; Cliff de agarra para a 5a enfiada; 1 jogo de nuts; Fitas longas; Fita de abandono caso desça da via antes da P4.
1a enfiada – A via começa num trecho de trepa-pedra até o primeiro grampo que fica num pequeno platô (15m). Depois segue pelo diedro até a parada que fica no topo de um bloco. Levar 2x Camalot #4 + fita longa para o grampo.
2a enfiada – A via segue pelo diedro até a parada dupla. É altamente recomendável que o segue use uma auto longa para se posicionar na base da fenda para dar a segue, evitando o efeito zipper no crux da saída. Levar todo o jogo de friend!
3a enfiada – A enfiada segue pela mesma fenda que agora forma uma chaminé com um teto, onde há uma chapeleta que protege a passada. O crux da enfiada fica depois desse tetinho, num lance em oposição. A parada dupla poderá estar bem oxidada. Ao lado esquerdo, numa parte mais protegida, há uma outra chapa para reforçar a parada.
4a enfiada – A enfiada transcorre atravessando o grande teto por baixo. Começa em artificial móvel, depois entra em livre nas chapeletas e volta a escalar em artificial até a parada dupla. Essa parada dupla é bem desconfortável por ser bem aérea e sem apoio.
5a enfiada – A via continua pelo diedro. Começa em artificial móvel, depois uma pequena travessia à direita para entrar em livre pelo trecho mais aéreo da via. Esse trecho está protegido com chapas. Pode ser passado em livre ou artificial em cliff de agarras. A parada fica logo acima do negativo num pequeno platô.
6a enfiada – A última enfiada continua seguindo a fenda em livre. Quando a fenda acabar, sair à esquerda até encontrar duas chapas. Depois entra num trecho sujo com cactus até a próxima chapa antes do cume. A parada fica dentro da mata em uma árvore.
A partir da 4a enfiada a descida pela via fica bastante complicada. Da P4 é possível de descer até a P1 rapelando em pêndulo.
Do cume, a descida é feita caminhando por uma trilha pouco definida pelo colo sul da pedra.
22/02/2012
Naoki Arima, Fábio Fabre e Roney DuNada.
Uma corda de 60m; 8 costuras, sendo algumas longas e 2x Camalot #3.
1a enfiada – A primeira enfiada começa por um diedro em arco protegido em móvel (Camalot #3 x2) e depois saindo pela face no meio do diedro até a P1 num platô com mato.
2a enfiada – A segunda enfiada é uma prévia do que vem pela frente. São aproximadamente 35m em agarrência e agarras protegendo em chapas e árvores.
3a enfiada – A 3a enfiada é o filé da via. A enfiada transcorre em diagonal à esquerda em direção a aresta do Calogi e buscando um platô verde a 45m. Essa enfiada é inteiramente protegida com chapas. A P3 é um excelente lugar um lanche e curtir o visual. Isso se não estiver sendo castigado pelo sol…
4a enfiada – A última enfiada é o crux da via. A saída da enfiada é bem vertical e técnica. E depois da viradinho é só sair para o abraço, ou para a sombra, em uma longa diagonal à esquerda novamente.
Após chegar na P4, suba caminhando à direita por uns 50m até chegar numa espécie de gruta com um bloco entalado. Passe por baixo do bloco, contorne a pedra e desça por uma trilha razoavelmente demarcada. Esse trecho é bem íngreme e por vezes faz-se necessário usar uma corda para auxiliar na descida. Assim que acabar a parte mais íngreme, siga caminhando pela crista até o ponto onde der para quebrar à direita.
09/01/2021
Naoki Arima, Eric Penedo, Yasmin Dilkin
Uma corda de 60m; 6 costuras, sendo algumas longas e 2 jogos de Camalot até o #4.
1a enfiada – A via começa por um trepa raiz num diedro aberto até ganhar um platô com árvore. A partir daqui a linha segue em diagonal à direita por uma oposição. Peças pequenas a médias. 30m. V.
2a enfiada – A via segue pelo diedro até uma obstrução, onde se faz um desvio pela esquerda ganhando a face da pedra até dominar um platô. A depender da época, poderá ter ninho neste local. Por isso, a via faz um desvio pela direita do platô, protegendo em chapeletas para voltar novamente à fenda. Após a 2a chapeleta há uma travessia à direita para ganhar uma oposição. Lance vencido em A1 (#.5 – #1). Levar 2x Camalot #4. 30m. V/A1.
3a enfiada – Enfiada não concluída. A escalada começa em móvel pelo diedro da direita até ganhar um platô. Depois segue pelas chapas buscando uma fenda. 15m, VI.
Descida – Da P2, um rapel de 55m leva diretamente ao chão.
Vídeo da 2a investida.
Copyright © 2007-2024. naokiarima.com.br. Todos os direitos reservados.