Cascata dos Marins.
No carnaval de 2004, eu, Chico, Andres e o Vini fomos conhecer um novo point de escalado do estado (RS), um tal de Cotiporã. A propaganda era de que o local seria um novo Salto Ventoso com potencial para muitas vias negativas e longas. E tudo isso protegido por um grande teto contra o mal humor de São Pedro.
Ainda lembro que a viagem foi longa, árdua e demorada. Levamos tanto tempo rodando que resolvemos mandar todas as vias que havia até o momento, seis, assim não precisaríamos voltar lá novamente!
Dez anos depois, uma nova safra de escaladores deu continuidade às conquistas estabelencendo novas linhas e desenvolvendo novos setores. O que antes eram seis vias, agora são mais de 35 vias! Para ver os croquis, clique aqui!
Deslumbrando este novo potencial, neste feriadão prolongado, resolvi dar um pulo lá para curtir as novas vias e matar a saudade das esportivas. Curtir aquela escalada tranquila, sem perrengue, calor, chuva, fome ou sede… Só fazer força. E na falta, tentar compensar com a técnica.
Incrivelmente a subida foi mais rápida do que o esperado. Levei meros 2h de POA para cobrir os 160km! Não sei se foi a ansiedade de chegar logo e escalar ou o pé pesado, mas o fato é que a viagem não foi longa como da primeira vez.
Conforme previsto nas redes sociais, o local estava apinhado de escaladores! Parecia mais um encontro de escalada. No domingo, eu contei pelo menos 20 carros no “estacionamento”. E a área de camping estava mais para o Campo-Base do Everest.
Mesmo lotado, a galera curtiu a escalada sem atropelos. Sempre tinha uma fila básica nas vias mais clássicas, mas nada que uma rodada de chima não resolvesse o problema.
Sobre as vias novas, posso garantir que são um filé! Escalada muito técnica em agarras estranhas onde não basta apenas fazer força, tem que se encaixar. Algumas agarras ainda estão suspeitas porque as vias são novas, mas acredito que com o tempo elas vão se assentando e ficando mais sólidas.
Gabriel Neto trabalhando um projeto novo.
A árvore.
Noite estrelada e fria no acampamento.
Rio que corre ao lado do acampamento.
Flô aquecendo na via As ecléticas (7b).
Zico salvo pela costura longa no crux da via Eclípse (8a).
Acampamento.
Música para alma.
E churras para o estômago.
Cará na via 1001 oposições (7b).
Cícero na via Oposuda (7c).
Pôr do sol clássico do mirante.
Special thanks a toda galera que esteve em Cotiporã fazendo força neste feriadão!