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Excluídos e Polese

Excluídos

No último sábado, Lissandro, Yasmin, Poul e eu voltamos para o Setor dos Excluídos em Calogi. Em 2002, Rebit e eu equipamos 4 vias neste setor num dia de trabalho e desde então, nunca mais voltamos! Na ocasião encadenei apenas a via batizada de “Presente de Grego” (8a/b) em homenagem ao escalador mineiro Fred Viana que doou as chapeletas.

Na semana passada (?), Lissandro, Yasmin e eu demos uma passada no setor para fazer um “reconhecimento” e aquela vontade de provar os projetos que tínhamos apenas equipados voltou à tona, pois depois de passar alguns finais de semana seguidos em Calogi, estávamos com uma boa pele para aguentar a dor nos regletes abrasivos.

Começamos e terminamos o dia na “Troco do Grego”, que ainda não tinha ascensão e é, sem dúvida, a via mais acessível do setor, graduada em 8a. Sem querer puxar “a sardinha para o meu barco”, preciso dizer que esse 8a está entre os melhores de Calogi por ser uma via de pura continuidade, sem descanso, em uma placa levemente negativa. Uma verdadeira festa para os ante-braços.

Croqui atualizado do setor.
Poul no boulder inicial da “Troco do Grego”.

Além dessa via, Lissandro e eu entramos na “Canhoto Psicopata”, outro projeto equipado em 2012. A via é outra gema do setor, com uma movimentação única em uma placa mais negativa e contínua que a “Troco do Grego”. Infelizmente o equipador deu uma devaneada no final (no post ele confessa!) e o traçado precisará ser alterado para via ficar mais bonita, mas a minha sugestão é que seja um 8a ou 8b de continuidade. Espero, em breve, voltar lá para arrumar o final e deixar a via “no brinco”.

E para finalizar o dia, para ver como estava com pele, provei a “Criatividade Zero”, outro projeto que tem um boulder de saída duríssimo. Não sei se eu estava cansado ou porque a via estava muito suja e úmida, mas não fui muito com a cara dela. Vou precisar de mais um dia para tirar uma conclusão melhor. Por ora, quero distância!

Yasmin descansando no “canso” da “Troco do Grego”.

Dessa vez, infelizmente a galera não levou a cadena da “Troco do Grego” para casa. Ou foi falta de resistência, azar ou a combinação dos dois fatores. Mas tenho certeza de que em breve estaremos de volta para trabalhar o setor, derrubar os projetos e criar novos brinquedos que ralam os dedos.

Um crânio perdido na base da via.

Polese

No domingo, para pegar mais leve, Lissandro, Yasmin, Iury e eu fomos para o bloco dos Polese’s em João Neiva.

Aproveitei a ida para equipar a última linha que tinha visualizado na parede principal para fechar a frente. Trata-se de uma variante da via “Sereia” que finaliza bem à direita, passando pela “Aquarium”. Embora a linha possa parecer força-barra, é uma escalada muito interessante, principalmente se entrar à vista. Na minha opinião, essa é a linha bonita do setor, e também a mais exigente. Pena que tem uma pequena quebra de sequência no meio, senão a resista ia comer solta…

Embora o tempo estivesse um pouco chuvoso, todos nós tiramos bom proveito do dia, aproveitando o vento sul que ajudou a cortar a sensação de abafado.

Entrando na via “Aquaman” (7b). Foto: Yasmin.
Iury observando o pessoal escalando do nosso acampamento-base-avançado-a-prova-de-chuva!
Lissandro na via “Sereia” (7a), ao fundo uma cachoeira que se forma somente em época de chuva.

Depois da escalada ainda fomos conhecer o famoso pé de Jequitibá Rosa que fica, mais ou menos, ali perto. Já ví árvores bonitas e grandes, mas esse jequitibá é realmente impressionante. Pelo que consta, precisa pelo menos 12 pessoas para abraçar a árvore e deve ter uns 47m de altura (é a maior árvore da Mata Atlântica e o segundo marior Jequitibá do Brasil). Inclusive, o Jequitibá Rosa é a árvore símbolo do Espírito Santo e no dia 21 de setembro se comemora o Dia do Jequitibá.

Dá um pouco de trabalho chegar lá, recomendo um 4×4, mas vale a visita quando for escalar na região. Só não recomendo ir em época de chuva porque a estrada é precária com muitas subidas íngremes. O ponto está marcado no Google Maps e o carro chega no lado (se for 4×4).

Imponente e majestoso pé de Jequitibá Rosa, a maior árvore do Espírito Santo.

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