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Fuji X100s – avaliação

Fuji X100s

Nós últimos anos, o mercado fotográfico entrou em efervescência com a chegadas das mirrorless. E muita gente questionou se seria o fim das DSLR. O fato é que só o tempo dirá qual será o final dessa história, mas até onde se vê, parece que as mirrorless não chegaram para substituir as DSLR, mas sim para morder um novo público consumidor.

Para ler mais sobre as diferenças entre as câmeras DSLR e mirrorless, clique aqui!

Esses dias li uma entrevista muito interessante falando que, por exemplo na Ásia, as mirrorless têm uma grande aceitação do público, enquanto que no mercado americano elas já não emplacaram porque para os americanos, câmera boa é câmera grande! E não essas câmeras pequenas que quase cabem no bolso.

Em meados do ano passado, após fotografar 7 anos com DSLR´s  (D60, D90 e D600), eu comprei a minha primeira mirrorless, uma Fuji x100s. E depois de quase um ano usando com afinco, posso dizer que cheguei a algumas conclusões interessantes.

Aparência externa – Se você curte câmera retrô, a X100s é um verdadeiro deleite. Se você não curte, nem continue lendo. Eu sou neutro quanto a ser retrô ou mais moderninha. O fato é que esse ar retrô chama muito a atenção das pessoas. Muita gente vem me perguntar maiores detalhes sobre a câmera, coisa que não acontece quando carrego uma D600 no pescoço, por exemplo.

Os botões – Por ser uma câmera mais retrô a X100s tem vários botões “analógicos”. Mas também tem um toque de modernidade, principalmente na traseira da câmera, onde os botões são mais moderninhos. Dentre os botões, gosto de alguns e odeio outros: Gosto da opção de poder controlar a abertura do diafragma pelo anel da lente, acho isso muito prático e eficiente. Gostaria muito que a minha D600 tivesse essa opção. Também tem um dial para compensação de exposição e um outro para o controle de velocidade na parte de cima que dão mais charme do que eficiência, pois costumo não usa-los muito.

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Murilo Lara escalando em Tuolumne Meadows, Califórnia, EUA.

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Em algum lugar na Pedra dos Sonhos, Itarana, ES.

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Tempestade à caminho, Itaguaçu, ES. ISO 3200.

Dos botões que odeio: o botão de ligar e desligar! É disparado o que mais odeio. O botão é muito sensível ao toque e vire e mexe se liga sozinho dentro da bolsa ou da mochila. A solução para esse problema é ativar o modo auto-off no menu, mas ainda acho que pisaram na bola quando desenharam o botão. Falando em botão que tem vida própria, o dial de compensação de exposição também curte se mexer sozinho. Às vezes, tiro a câmera na pressa para fazer uma foto para logo em seguida descobrir que ela ficou sub-exposta porque o dial girou sozinho enquanto manuseava na bolsa.

Bateria – A bateria da X100s talvez seja o calcanhar de Aquiles dessa incrível máquina! Se você estiver pensando em comprar uma, já vai colocando no orçamento uma bateria extra. A autonomia dela é muito limitada. Nos fóruns e reviews todos falam desse problema e a única solução é sempre ter a mão uma bateria extra. Outra coisa que ajuda (e muito) é usar a ocular no modo óptico (OVF), sem ativar o visor eletrônico (EVF) para fazer as fotos. Descobri que isso economiza muita bateria. Ouso a dizer que dobra a capacidade da bateria, além de ligar muito mais rápido a câmera.

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Nascer do sol no cume da Pedra São Cristóvão, Castelo – ES.

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Nascer do sol no cume da Pedra São Cristóvão, Castelo – ES.

Qualidade da imagem – A X100s vem com um sensor APS-C e uma resolução máxima de 16 megapixel. Não é uma fullframe e não tem a mesma qualidade de uma sensor grande, mas posso dizer que fica lado a lado, em termos de qualidade, com uma D90 que também usa sensor APS-C.

Em 100% dos casos, fotografo em RAW e depois faço os ajustes no Lightroom. Até mesmo para aplicar os famosos filtros da Fuji faço pelo Lightroom (na última verão, os presets já vêm instalados).

Objetiva –  Antes de mais nada, a lente da X100s não é intercambiável. A distância focal é fixa: 23mm, equivale a uma 35mm em FF. Se você não curte fotografar com uma fixa, talvez não seja uma boa escolha, mas se você já está acostumado, não tenho a menor dúvida de que a X100s é a câmera que você está buscando. Na verdade, a Fuji oferece alguns adaptadores que transformam a 35mm em uma 28mm ou em uma 50mm (equivalente).

A abertura máxima da lente é de f/2 o que garante um bokeh razoável. Com certeza não é como um bokeh de uma 85mm f/1.8, mas dá para o gasto. Eu costumo usar ela sempre em f/5.6 e vou mudando de acordo com as minhas necessidades.

Quanto ao foco, no modo Auto-foco, ela não é lá grandes coisas. A velocidade de focagem é relativa lenta e por vezes, gosta de ficar caçando o foco, o que irrita um pouco. No modo manual, a regulagem é via anel de foco que fica na objetiva e o método usado para a focagem é via “digital split image” ou “focus peak”. No dia-a-dia, costumo fotografar em Auto-foco (AF-S), mas para situações específicas tenho recorrido bastante ao modo manual.

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Caio Afeto escalando a via K-olho, Pontão 17 de Julho, Itaguaçu, ES.

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Sunset nos Cinco Pontões, ES.

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Foto tirada com a X100s impresso para exposição fotográfica.

ISO – Quando comprei essa câmera, pensei numa câmera menor e versátil que entregasse fotos de alta qualidade das minhas andanças verticais. E ambiente de montanha, de escalada, sempre é mal iluminado (para o sensor de uma câmera). Normalmente preciso fotografar com ISO alto para poder manter uma velocidade coerente, pois normalmente fotografamos pessoas se movendo. A X100s por ser uma mirrorless, tem menos problema com ISO alto. Às vezes, fotografo com ISO acima de 1600 e sempre fico satisfeito com o resultado. Lembro por exemplo que na D90, ISO acima de 800 não fica muito legal, mas na X100s dá para ir sem medo até 1600. Acima disso, a foto até fica aceitável, mas nesse caso prefiro partir para outras soluções.

Transporte – A Fuji tem um case em couro especial de fábrica que é vendido à parte. Assim como a câmera, tem um estilo bem retrô. Para as minhas necessidades, o Dashpoint 20 da Lowepro atente melhor. É uma  bolsa pequena que pode ser facilmente acoplada na cadeirinha ou na alça da minha mochila, permitindo que eu acesse com facilidade e rapidez a câmera em qualquer situação.

E por fim, posso dizer que a X100s é uma câmera incrível que vale cada centavo investido! In love!

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Sunset visto do cume do Garrafão de Santa Maria do Jetibá.

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Bivaque em Águia Branca, ES.

Comentários

3 respostas em “Fuji X100s – avaliação”

Bacana, tava curioso para sua avaliação da bichinha, quero uma câmera mais compacta, mas queria algo mais barato, porque estou dentando atualizar minha DSLR e a x100s custa o valor de uma boa DSLR com sensor APS-C (d7100, d7200…), cheguei a pensar numa dessas para substituir a minha DSLR atual, mas com esses dois pontos que vc colocou (bateria e ISO) acabei de desistir completamente. rs Pelo que tenho visto as novas DSLR com sensor APS-C estão com ISO fantásticos quase chegando a qualidade das FX, mas agora com esse dólar nas alturas não vai ser nenhuma nem outra. rs O jeito é esperar. Tenho pesquisado sobre a Sony Alpha a6000 parece uma alternativa razoável para câmera compacta.

Fala ae Álvaro,
Pois é, acho que a x100s não consegue substituir uma DSLR. Seria uma 2a câmera mesmo. O problema do preço é bem verdade, não é das mais baratas. Imagino que o ISO das APS-C esteja melhor, eu parei na D90 e não sei mais como ficaram as sucessoras. Sobre a Sony, já ouvi falar bem também, mas nunca fui a fundo estudar. Valei pelos comentários! Abs

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