logo@2x
Pesquisar
Close this search box.

Itaguaçu

Cinco Pontões

Alt. 1140m

Atualizado em: 23/05/2023

Tradicional

Índice

Como chegar

Saindo de Vitória tome a saída norte pela BR-101 até Fundão e depois a ES-261 até Itaguaçu passando por Santa Teresa e Itarana.

Dentro da cidade de Itaguaçu siga as indicações para Colatina e depois de atravessar a ponte, vire à esquerda. Para direita, segue para Colatina.

Zere o odômetro na ponte e no km 5,8, vire à esquerda no entroncamento. No km 11,2 mantenha se à esquerda. No km 12,5 à direita. No km 14,4 passará pela localidade de São Bento. Siga pela principal fazendo uma curva fechada à esquerda. No km 19 irá passar pela entrada do Recanto da Pedra. Siga pela estrada subindo pela cafezal até onde a estrada acabar e iniciar a trilha. Dependendo da época do ano e das condições da estrada, somente carros com tração conseguem chegar até o final. Uma ótima ideia é sempre passar no Recanto da Pedra para obter informações adicionais.

Mapa
Filtrar por

Clima

O maciço Cinco Pontões pode ser dividido em 2 grandes complexos com acessos distintos. O complexo 17 de Julho onde estão as agulhas como Pontão Maior, Gêmeo e 17 de Julho e o complexo sul onde estão a Foca, Filhote da Foca, Língua de Boi e o Rachado.

Acesso – Complexo 17 de Julho

O acesso ao Complexo 17 de Julho é bastante trabalhoso e complexo, demandando conhecimento avançado em técnicas verticais.

Para acessar a base destas vias é preciso inicialmente subir ao cume do Pontão Maior pela via ferrata. Suba sempre encordado! Nunca suba usando apenas os cabos de aço como proteção, pois eles estão condenados.

Do cume do Pontão Maior, em frente ao Topão Gêmeo, há uma parada dupla para um rapel de 40m até a “cangalha”. Rapele e deixe uma corda fixa para a volta.

Bem no meio da cangalha, há outro ponto de rapel de aproximadamente 50m até uma pequeno platô de mato. Rapele e, novamente, deixe uma corda fixa. Não esqueça de proteger a borda com um protetor de corda.

Do platô, siga escalaminhando em direção ao 17 de Julho até encontrar um grande bloco entalado “instransponível”. Neste ponto é preciso sair escalando por fora, protegido por 2 chapas de inox, para vencer o lance. Comumente, esse lance encontra-se molhado.

Depois é só seguir caminhando até a base das vias.

Para voltar é preciso retornar pelas cordas fixas. Tenha sempre em mente que serão aproximadamente 90m de ascensão por corda fixa após um dia de escalada. Gerencia muito bem o tempo e guarde energia para o final, pois costuma demorar e cansar mais do que o esperado. Além disso, use equipamento adequado para fazer ascensão pela corda fixa.

Informações complementares com fotos, aqui!

Complexo 17 de Julho
4/5

Complexo 17 de Julho

Cinco Pontões

Equipos

Duas cordas de 60m; 8 costuras.

Proteções fixas

Grampo originais de 1/4 com grampos de 3/8 e 1/2. Chapeletas de 3/8, aço comum.

Para acessar a área do 17 de Julho, é preciso subir o Pontão Maior pela ferrata e descer até a cangalha. Para maiores infos, clique aqui! 

4- Pitoco do Alemão (IVo) (IIIo) – Escalada solo pela face oeste até o cume onde tem um grampo para rapel. A via não tem proteção fixa, mas pode ser protegida com móvel.

5- Pontão Casagrande (Vo) – Via exposta que transcorre pela aresta sudoeste. O 1o grampo fico logo na saída, depois segue num lance exposto até um diedro onde é possível proteger em móvel (Camalot #.5 – #2) até chegar num grampo de 1/4. Depois a linha segue em direção ao cume passando pelo trecho mais exposto da via. Há um grampo simples no cume e uma parada dupla fora da via para o rapel.

7- Pico 17 de Julho (Vo) – Via exposta de 2 enfiadas. A primeira enfiada começa no colo entre o Pontão Casagrande e o Pico 17 de Julho. A via transcorre em diagonal à direita num lance sem proteção até chegar num pequeno platô. Neste ponto é possível proteger o próximo lance com algumas peças (Camalot #1-#2). O crux é a dominada de um lance com mato para ganhar um platô onde há 2 grampos sucessivos e uma parada dupla. A segunda enfiada segue pela fenda, com boas colocações móveis (opcional) até chegar na base de um grande platô. Ali é possível, ou seguir reto pela chaminé até o cume, ou contornar pela direita vencendo pela face. No cume há um grampo de 1/4 e um 3/8. Para rapelar é preciso abandonar uma fita ou descer pela via K-olho.

8 – K-olho (Vo SUP) (VIo) – Via estética que transcorre pela aresta sul do pico. Parte da primeira enfiada é comum a via anterior. Assim que ganhar o platô da primeira enfiada, em vez de seguir pela esquerda, a linha transcorre pela fendinha da direita até ganhar um lance para acessar a crista da pedra. A segunda enfiada segue pela aresta da pedra sempre bem protegido em chapas até o cume. Rapel pela própria via.

9- Na crista da onda (Vo) – Pequena variante para ganhar o cume da pedra ao lado do Pico 17 de Julho. Inicia na P1 da via K-olho e segue pela aresta até ganhar o cume. O lance é protegido com 2 chapeletas mais uma parada no cume.

Complexo Sul

A acesso ao complexo Sul é realizado pela Vila dos Cinco Pontões. Para chegar na base das vias há dois caminhos, no entanto atualmente há algumas restrições de acesso (11/2022). Contacte o administrador do site para informações adicionais.

Complexo Sul.
4/5

Via da Conquista

6o, V sup, A1, E4, D3, 400m

Pedra da Foca

Data da conquista

07/1971

Conquistarores

A. Virela, C. Braga, R. Miranda, R. Oliveira

Equipos

Duas cordas de 60m; 10 costuras, cabo de aço para o A1, cordelete fino para os parafusos, 2 estribos, ascensores. Friends médios.

Proteções fixas

Grampo originais de 1/4 com grampos de 3/8 e 1/2.

3/5

Raiz Forte

5o sup, VI, A1, E3, D4, 430m

Pedra Rachada

Data da conquista

25/01/2021

Conquistarores

Caio Afeto, Naoki Arima, Zudivan

Equipos

Duas cordas de 60m; 2x móvel (#.5-#5); 1x #6. Nut opcional. 7 costuras. Fitas avulsas.

Proteções fixas

Chapeleta Pingo (inox). Paradas em Pingo.

Face

Face Sudeste. Sombra no inverno.

Acesso

Para acessar a via Raiz Forte, use o acesso pela localidade de “Cinco Pontões”. Chegando na localidade, siga em direção à pedra e após cruzar a ponte tome a primeira à direita e logo em seguida à esquerda. Passe pela casa e siga em direção ao cafezal. Na estrada do cafezal, tome a 2a saída à esquerda. A partir desse trecho a estrada fica bastante ruim. Recomendado para carros 4×4. Siga pela estrada, passe pela porteira e estacione o carro numa área sombreada entre boulders, antes do “saleiro”. Siga caminhando pelo pasto e entre exatamente em frente à pedra. A mata é bem aberta e sem trilha definida.

1a enfiada – Enfiada curta, pode ser emendada com a 2a enfiada se quiser. Consiste em dominar um trepa raiz até uma árvore. Parada natural.

2a enfiada – A via segue pela canaleta bem óbvia com vegetação. Proteção móvel, exceto em 2 lances antes da P2. O crux da enfiada está no início para ganhar a canaleta.

3a enfiada – A via segue pela canaleta protegendo em móvel. Lances fácies se intercalam com lances verticais em canaleta.

4a enfiada – Enfiada longa com uma seção mais dura na segunda metade. 

5a enfiada – A canaleta fica mais aberta, mas o estilo de escalada continua do mesmo jeito.

6a enfiada – Crux! Começa num lance bem atlético para dominar uma fenda e depois segue até o inicio da chaminé estreita. Pode estar com muito espinho. A chaminé vai abrindo progressivamente até chegar na árvore que dá para ver de longe. Parada natural.

7a enfiada – Escalada em chaminé vertical com proteção fixa.

8a enfiada – Escalada em chaminé média com algumas passadas em invertidas e finaliza num diedro aberto. Parada na parede da direita.

9a enfiada – Começa em móvel até chegar no fim do totem, depois segue em fixa até a parada.

10a enfiada – Escalada em aderência com proteção fixa. O crux está na passagem mais vertical. Depois tem um esticão até o próximo lance mais vertical.

11a enfiada – Enfiada fácil. Começa com 3 chapas e depois tem um esticão longo até o cume. Expo!

Descida – É possível descer pela via, mas a melhor opção é descer pela “Águas passadas” e voltar caminhando pela mata. Essa descida requer reconhecimento prévio.

Fotos

Video

logo_ace
Parte do material utilizado nesta conquista foi subsidiado pela Associação Capixaba de Escalada que disponibiliza aos sócios proteções fixas para conquista.
bonier-logo
4/5

Via da Conquista/Var. Fiapo de Lambique

5o sup, VI, A2+, E3, D4, 160m / 5o sup, VI, A2+, E2, D2, 90m

Filhote da Foca

Data da conquista

1973/1996

Conquistarores

1973 - Carlos de Almeira Braga, Jean Pierre von der Weid, José Carlos de Almeida da Silva, Luiz Penna Franca e Marcelo Martins Werneck/ 1996 - Jeferson Costa, Luciano Bender e Reinaldo Rabelais

Equipos

2 cordas de 60m (ou 1x70m e 1x 60m); Piton lâmina, angle, microfriends, micronuts e Camalot #.3-#5; Cliff de agarra e furo; ascensore; um par de estribo; solteira regulável.

Proteções fixas

Grampos de 1/4 (regular) e 1/2 (usáveis) e chapeletas 5/16 (regular).

Face

Face Sudoeste, sombra pela manhã.

Acesso

Para acessar a base do Filhote da Foca use o mesmo estacionamento da Raiz Forte. A partir dali siga caminhando pelo pasto até chegar numa pedreira de matacões abandonada. Entre na mata e siga buscando um pasto limpo que fica aos pés da Foca, passando por uma drenagem seca.

No pasto siga contornando a Foca até chegar no outro lado, face Oeste. Suba pelo costão sempre margeando a pedra (Foca) até chegar num corredor que fica entre a Foca e o Filhote da Foca. A variante Fiapo de Lambique inicia neste corredor, numa laca em oposição.

A descrição da escalada mescla duas vias. A escalada começa pela Variante Fiapo de Lambique até a P3 e depois segue por mais 3 enfiadas pela via da Conquista.

Variante Fiapo de Lambique

1a enfiada – Começa em oposição numa fenda difícil de proteger e logo em seguida, passa para a fenda da esquerda na altura do bloco solto. Sobe por essa fenda, também difícil de proteger até a base do platô com um teto. Uma pequena travessia à direita leva à base do início do artificial. O crux é colocar o primeiro piton no teto e sentar nele. Mais acima, após uns 3 pítons, cabem um #.3 e um #.4. Depois volta os pitons novamente. Assim que chegar na fissura vertical as proteções melhoram. No meio da fissura frontal há uma colocação para #2. A parada fica na base da calha horizontal. VI, A2+, 25m. 

2a enfiada – A escalada segue em artificial de parafuso (spit de 5/16) com chapeleta (5/16) a cada 8m aproximadamente. Escalada mecânica de 30m até a parada (grampo de 1/2 com uma chapeleta de 5/16).

3a enfiada – Começa em parafuso até a segunda chapeleta e depois do próximo parafuso há uma passada em furo de cliff (1/2) para dominar uma laca. A partir dali é possível sair em livre alguns metros até voltar o grampo e os parafusos. Usar Camalot #1 a #5. Uma pequena seção de artificial leva a parte final da chaminé que precisa ser vencida em livre (III) para ganhar um platô confortável onde está a parada.

 

Via da Conquista

4a enfiada – Uma pequena travessia de uns 8m à esquerda leva à Via da Conquista, onde há um grampo de 1/2 seguido de 2 grampos de 1/4 que precisa ser vencido em artificial. Depois a enfiada segue em livre com grampos de 1/4 intercalado com grampo de 1/2. A enfiada segue praticamente reto  para no final tender um pouco à direita para ganhar um platô onde fica a parada em grampo simples de 1/2.

5a enfiada – A saída da enfiada é pela esquerda buscado um platô descaído, onde há um grampo de 1/4. Depois há um longo esticão para ganhar o próximo platô descaído da direita, onde há outro grampo de 1/4.  A partir dali pode se sair pela esquerda para ganhar a base do bloco. Aparentemente é possível sair pela direita também. No livro do Baldin indica um grampo escondido nesse trecho final, mas pela esquerda não vimos esse grampo, mas o esticão é tranquilo. Parada em grampo simples na base do bloco final. É possível melhorar a parada com peça média a grande.

6a enfiada – Outra longa travessia à esquerda leva à base da laca para ganhar o bloco. No final da travessia há um grampo de 1/4, mas também é possível reforçar com peças pequenas (#.75). A dominada da laca é tranquila. Logo depois cabe um #5, antes de entrar na lance do cavalinho que leva à chaminé (III). Antes da virada há outro grampo de 1/4. A virada é fácil e o grampo do cume está bem à frente. Parada simples em grampo de 1/2.

Descida: Do cume até a P5, um rapel curto de 8m.  A partir dali, se tiver uma corda de 70m, três rapéis de 35m levam até a P2. Da P2 é possível descer num rapel de 55m até o chão.

3/5

Via da Conquista

4o, IV, A1, E3, D2, 210m

Filhote da Foca

Data da conquista

1974

Conquistarores

Carlos de Almeira Braga, Jean Pierre von der Weid, Heckel Bastos,Orlando Bulter, Luiz Penna Franca e Marcelo Martins Werneck

Equipos

2 cordas de 50m; 20 costuras, estribo, luva e joelheira.

Proteções fixas

Grampos de 1/4 e 3/8. Em 2022 as bases foram duplicadas com chapeletas Pingo.

Face

Face oeste, sombra pela manhã.

1a enfiada – A enfiada inicia numa laca onde há um grampo de 3/8 no topo. Depois segue em livre (IV) até o 1o grampo de 1/4 onde inicia o artificial em grampo (A1). Na metade da enfiada há um grampo de 3/8. Parada duplicada com chapeleta Pingo. 30m.

2a enfiada – Sequência de 30m de A1. Grampo intermediário de 3/8 na metade da enfiada e parada duplicada.

3a enfiada – Sequência de A1 que após o grampo de 3/8 começa tender à direita em diagonal. No final há um lance em parafuso. Parada duplicada. Nessa parada há diversos grampos de 1/4 que foram usados no bivaque durante a conquista. 40m

4a enfiada – Segue em artificial para cima. Alguns grampos estão escondidos no início por causa da vegetação. Mais acima há uma laca, um grampo de 3/8 e depois segue em artificial até a parada. Parada duplicada.

5a enfiada – Pequena travessia a direita até ganhar o platô de mato. Parada simples. 15m

6a enfiada – Enfiada curta para ganhar o platô de cima. Saida em A0 ou VI. A escalada segue exatamente acima do grampo. Parada em platô. Grampo simples original torto. 15m

7a enfiada – Uma caminhada pela platô de mato à esquerda leva a crista da esquerda. Uns 15m acima, num platô com bromélias há um grampo de 1/4 escondido. Depois mais 15m até o platô onde está a parada duplicada.

8a enfiada – Enfiada de escalaminhada com III no final até o cume. Parada duplicada. 35m

Descida – Descer de parada em parada até o platô da P6. Na borda do platô da P6 há uma parada dupla nova que leva até a P3. Vide croqui. Acessar a parada com corda!

Da P3 para P2 o rapel é em diagonal. Requer técnica adequada para chegar na P2. Da P2 até a P1 e depois chão.