Domingos Martins

Pq. Est. da Pedra Azul

Alt. 1350m

Atualizado em: 23/05/2023

Tradicional

Índice

Status do Parque

23/01/2021 – Aberto (com agendamento)

14/12/2020 – Fechado: Motivo: Covid.

24/01/2017 – Aberto!

27/01/2017 – Fechado! Motivo: Surto de Febre Amarela.

03/01/2017 – Aberto

18/08/2016 – Aberto parcialmente.

29/08/2016 – Fechado! Motivo: crise hídrica, risco de incêndio.

19/12/2015 – Aberto novamente aos finais de semana.

18/08/2015 – Escalada liberada na Pedra Azul apenas durante a semana.

Como chegar

Saindo de Vitória, tome a BR-101 em direção ao sul do estado até o trevo de Viana e então tome a BR-262 em direção a Belo Horizonte. A Pedra Azul é visível da própria BR-262. Para quem vai de Vitória em direção a Belo Horizonte fica um pouco escondida, mas é bem sinalizada (Parque Estadual da Pedra Azul). Em todos os casos, fica um pouco antes do km 89 da rodovia BR-262. Assim que acessar a estrada vicinal asfaltada (Rota do Lagarto), siga pela estradinha (devagar e com muito cuidado) até a entrada do Parque Estadual da Pedra Azul (2km).

De Vitória até a entrada da Pedra Azul são aproximadamente 100km (2h). O trecho da BR-262 possui diversos radares fixos (60km/h) e nos feriados prolongados, radares móveis.

Aproximação

Estacione o carro no estacionamento do Parque, passe a portaria e siga caminhado pela estrada de chão até a sede do Parque. Na sede, pegue a trilha que leva às Piscinas Naturais.

Assim que chegar nas piscinas, tome a direita em direção a parte superior das piscinas. Antes de chegar na parte de cima, fique atento a uma trilha à direita, pouco batida. Tome esta trilha e siga sempre por ela. Assim que a trilha sair da mata e seguir pelo costão de pedra será possível de ver alguns vergalhões que ajudarão na orientação. Em alguns trechos, os vergalhões estão com corda fixa para auxiliar na travessia. Ao final, a trilha tenderá para cima em direção a um platô de mato onde inicia a via.

Neste trecho é imperativo que NÃO use a vegetação fora da trilha, principalmente nos trechos molhados. Vá sempre pela pedra, mesmo que esteja molhada, pois a pedra possui boa aderência.

O tempo médio de caminhada é de 1h20min.

Mapa
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Provavelmente a montanha foi "conquistada" por algum morador local mais atrevido que conseguiu acessar o seu cume pela face sudeste subindo pela frágil linha de vegetação, sem o uso de equipamento de segurança, em uma data desconhecida, mas acredita-se que tenha sido durante a década de 60. Devido a sua importância estratégica (área de nascente do Rio Jucu), ainda na década de 60 foi criado, via decreto, a Reserva Florestal da Pedra Azul, sob administração do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo - IDAF Já o seu imponente  "Lagarto", que fica "estirado" na face oeste, foi conquistado ao longo de quatro investidas entre os anos de 1974 e 1976 pelos escaladores do Clube Excursionista Brasileiro (CEB), Antonio Dias, Amauri Teles Menezes, Francisco Berardi, Mario Alexandre Filho, Marcello Esposel de Paiva Xavier e Mário Luiz Arnaud. Na década de oitenta, os guardas-parques do IDAF (José Bellon, Carlos Alberto Canal e José Ângelo Cezati) "construíram", na face sudeste da montanha, uma escadaria de ferro fixando aproximadamente 130 graus, no intuito de facilitar o acesso ao seu cume. Em janeiro de 1991 foi criado o Parque Estadual da Pedra Azul, ainda sob coordenação do IDAF. Nesta mesma década, em meados de 1996, os escaladores locais Gilberto Azevedo e Roberto Tristão iniciaram uma conquista pela imponente face leste da pedra, passando por um sistema de fenda muito óbvio que leva a uma sequência de buracos que cabem tranquilamente um carro dentro. Infelizmente durante a conquista da via, o parque proibiu a prática da escalada dentro do parque e a dupla teve que abandonar o projeto pela metade. Diz a lenda que a administração do parque não deixou nem a dupla voltar à via para recolher o resto do equipamento que ficou para trás. Inclusive, lá permanece até os dias de hoje. Desde então, a escalada na Pedra Azul ficou proibida a qualquer pessoa por quase 20 anos. Isso chega a ser um paradoxo, pois enquanto lá fora, os parques foram criados para proteger e usufruir do espaço, na Pedra Azul os maiores interessados não podiam nem chegar perto da pedra e tinham que buscar outras montanhas fora dos parques em áreas particulares.  É claro que mesmo com a proibição, algumas escaladas clandestinas aconteciam durante este período. Inclusive em meados de 2005 foi conquistado uma via (Mulambo) na clandestinidade pela canaleta sul do maciço pelo escalador Gilmar Vieira com a ajuda de alguns "comparsas". Reconquistar o "espaço roubado" foi um dos pilares para criação da Associação Capixaba de Escalada (ACE) em abril de 2004 que tinha como meta principal unir forças para buscar uma solução junto aos gestores do parque para liberação da escalada. O processo de negociação foi bastante desgastante e demorado, levando quase 15 anos entre idas e vindas, para que finalmente em 17 de agosto de 2015, fosse publicado no diário oficial, a liberação da prática de escalada pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), gestora do parque desde 2007. Com isso, em uma ação inédita e conjunta, os membros da associação em parceria com IEMA, reformularam a antiga escadaria, removendo todos os degraus e as substituído por chapeletas de inox e alguns grampos, para estabelecer ali, uma via de escalada, devolvendo um pouco o espirito de montanha. Assim nasceu a nova "Via Normal" da Pedra Azul, graduada em D1, 3o , IV, E1, 295m. Uma via de 6 enfiadas toda protegida em chapeletas com densidade de proteção maior que a média.  É importante salientar que o traçado da nova via sofreu algumas alterações em relação à escadaria original com o intuito de preservar a frágil vegetação da montanha. 

Clima

A região da Pedra Azul possui um micro-clima muito especial, garantindo temperaturas amenas mesmo durante o auge do verão. O cume da pedra está a 1822m de altitude.

A face da via está voltada para o lado leste, com sol pela manhã, mas devido a altitude elevada, costuma ventar bastante e comumente, pela manhã, uma névoa baixa na região diminuindo a visibilidade.

Por norma, os administradores do parque têm total liberdade para impedir a sua escalada caso considerem que o tempo não esteja favorável, mesmo que o dia amanheça totalmente ensolarado. Por isso é muito importante ligar para o parque no dia anterior para ver as condições climáticas da região.

Art. 12 – A administração do Parque Estadual da Pedra Azul poderá suspender as atividades em casos de condições meteorológicas adversas, como a previsão ou ocorrência de ventos ou chuvas fortes.

Onde ficar

A região de Pedra Azul é um dos principais polos turísticos do Estado com uma grande gama de hospedagem, por isso os valores tendem a ser muito elevados. Uma opção, boa e barata é o Ecoparque Pedra Azul Aventura que fica na Rota do Lagarto, em frente a Pedra Azul.

Onde comer

Devido ao apelo turístico da região, as opções gastronômicas são bem variadas, mas em geral os valores estão acima da média. Uma boa opção “boa e barata” é o Restaurante Alto Astral (no centrinho de Pedra Azul) que serve pizzas e cervejas artesanais a preço justo.

Água

Na sede do parque há diversas torneiras com água potável. Nas piscinas naturais, na parte superior, também há água potável.

4/5

Normal

2o, IV, E1, D2, 300m

Data da conquista

?

Conquistarores

?

Equipos

2 cordas de 60m; 10 costuras (algumas longas); Material para parada.

Autorizações e termo de responsabilidade

Para escalar a Pedra Azul é preciso fazer uma reserva prévia, principalmente nos finais semana, quando a procura é maior.

Art. 8º – A quantidade de pessoas nas áreas de escalada será ordenada de forma que atenda os praticantes de turismo de aventura e de esporte de aventura, sem prejuízo para ambos.

Quando estivemos lá (02/2016), estava restrito a um grupo comercial, mais um grupo independente (não comercial) com no máximo 10 pessoas.

04/03-2016 – Foi definido pela direção do parque que apenas 22 pessoas poderão escalar a Pedra Azul. 14 vagas serão destinadas à reserva prévia (incluindo a escalada comercial)  e 8 vagas no sistema de chegada, sem reservas.

Para fazer a reserva, ligue para (027) 3248-1156 durante a semana dentro do horário comercial.

Todo escalador precisa preencher o Termo de Responsabilidade de Risco antes de iniciar a subida na sede do parque. Além do termo, é preciso registrar a entrada e ao final, dar baixa na saída. Assim, os guarda-parques saberão se você ainda está, ou não, na montanha ao final do dia.

Escalada

Embora o parque abra às 8h para visitação, os escaladores poderão entrar a partir das 6h, sendo permitida a permanência até as 17h.

Art. 5º – O horário de entrada para início das atividades de escalada será a partir das 06h, sendo permitida a permanência no Parque até às 17h.

04/03-2016 – De acordo com a última reunião, o horário máximo para começar a escalada (passar pela portaria do parque) é às 11h (9h, conforme nova normativa de 02/01/2017). Não sendo permitido inicial a escalada após este horário.

Considere que a caminhada leva em média 1h20min e a escalada igualmente 1h20 em média, mais a descida com uma paradinha para tomar um bando na piscina, totalizando no mínimo umas 6h de atividade. Por isso é muito importante que inicie a escalada sempre cedo da manhã. Nunca suba uma montanha sem deixar alguma margem para imprevistos (se perder na trilha, chuva, trânsito de outras cordadas…).

No início deste ano, um grupo de escaladores acabou se atrasando na descida e chegou à portaria após o fechamento do parque (17h). Por motivo ainda desconhecido, grupo recebeu uma notificação oficial do parque por descumprimento das regras de uso, embora outros grupos já tenham chegado após o fechamento sem receber nenhuma notificação.

Todas as enfiadas, total de 7, estão equipadas com chapeletas de inox e as paradas estão triplicadas com 2 grampos e uma chapeleta com argola (todas de inox). Para os padrões, a via está muito bem protegida (classificação E1), mesmo nos trechos mais fáceis (IIIo).

Caso você esteja familiarizado com a dificuldade geral da via, poderá escalar tranquilamente à francesa toda a via, desde que tenha total domínio sob a técnica. Caso contrário, é recomendável que escale normalmente.

Os trechos tecnicamente mais difíceis estão nas 3 primeiras enfiadas. No croqui original, a 6a enfiada é considerada difícil (IV), mas com certeza está superestimada.

Na transição da 4a para 5a enfiada, caminhe sempre pela trilha demarcada. Não use, nem crie, atalhos. Evite ao máximo subir pisando a vegetação, opte sempre pela pedra.

O tempo médio para repetição é de aproximadamente 1h30 min.

Para a descida, é possível rapelar da P6 até a P5 e depois descer caminhando até a P3. Da P3, descer na sequência até a base.

Está terminantemente proibido bivacar no cume da montanha sem a autorização do parque.

Croqui

Descrição das enfiadas

1a enfiada – Começa escalaminhando até a pedra ganhar inclinação. Não tem segredo, basta seguir a linha das chapeletas. A parada tripla é visível da base.

2a enfiada – A via segue a linha natural, o crux da enfiada, graduado em IVo está no trecho mais inclinado. É uma passada de aderência.

3a enfiada  – A via começa a tender à esquerda, mas ainda assim para cima. As proteções ficam mais espassadas e há outro crux de 4o grau. A parada fica logo no início da vegetação.

4a enfiada – A linha segue em diagonal à direita protegendo em 2 chapas até o início da vegetação mais densa. A parada fica logo no início desta vegetação.

5a enfiada – Caminhada por dentro da mata. Assim que sair da mata, suba sempre pela pedra. Evite ao máximo usar a vegetação como apoio. Esse é o trecho mais sensível ao meio ambiente! A parada da via fica acima à esquerda, perto de uma outra linha de vegetação.

6a enfiada – Enfiada tranquila e bem protegida em aderência. A depender da versão do croqui, está graduada em 4o grau.

7a enfiada – Escalaminhada final até o cume.