Saindo do centro de Itarana (igreja principal – Nossa Senhora Auxiliadora) siga pela principal em direção a Itaguaçu, vire à esquerda na próxima rua e logo em seguida à direita. Siga sempre pela estrada por aproximadamente 3km. Em uma bifurcação, tome à direita em direção à rampa de voo (sinalizado, mas difícil de ver). Rode mais 1,7km até encontrar uma entrada à direita com um curral aos pés de uma grande pedra (essa é a pedra onde fica a via Ascendência Térmica). Passe a tronqueira e siga sempre pela estrada de chão. Na segunda casa, onde fica o sobrado, solicite passagem ao caseiro (Sr. Donizete). A depender das condições da estrada, estacione o carro por ali mesmo e siga caminhando em direção à pedra.
A Parede dos Sonhos é uma pedra ímpar para os padrões Capixabas, pois é uma face com muitas fendas, permitindo o uso constante de proteção móvel. Além disso, a rocha é bastante rugosa com muitas agarras em cristais firmes. Devido a essa combinação, a pedra foi batizada de Parede dos Sonhos.
Com exceção das vias “Ma-Caca” e “Nem tudo está perdido”, todas as vias ficam na sombra (menos no verão). Nestas vias, o sol chega somente no meio da tarde, por volta das 15h.
30/05/2015
Naoki Arima, Zé Márcio e Xerxes Zampier
Duas cordas de 60m; 6 costuras, sendo algumas longas.
Saindo do sobrado, caminhando ou de carro (4×4), siga pela estrada passando numa mata até chegar num pasto aberto. Assim que chegar neste pasto será possível avistar um grande diedro muito óbvio. A linha da via transcorre bem à esquerda deste diedro, à esquerda de uma canaleta d’água. Vide foto acima.
Para acessar a base da via, procure um ponto onde a mata seja mais aberta e siga em direção à base da pedra. A via começa à direita de um grande totem bem sujo. As primeiras chapas da via são visíveis do chão.
1a enfiada – Começa à direita (15m) do diedro, numa parte mais branca da rocha. O crux da via está nesta saída. Logo em seguida, após a 2a proteção faz uma travessia à esquerda até encontrar o diedro. Usar os cipós para progressão e proteger nas árvores. Parada natural. 55m
2a enfiada – Segue pela face protegendo em chapa até a parada. 55m
3a enfiada – Com o cume logo acima, sobe reto em direção a uma grande árvore sem proteger em nada. Parada natural. 25m.
Da árvore descer reto em direção a um platô que fica fora da via (55m). Depois mais um rapel de 60m cravado até a base da via.
2015
Naoki Arima e Gillan Schirmer
Duas cordas de 60m; 4 costuras, sendo algumas longas; 2 jogos de Camalot do #.75-#4; 1x #5 e #6.
A via “Nem tudo está perdido” transcorre por um grande diedro laranja muito evidente. Vide foto acima.
Para acessar a base da via, procure um lugar onde seja fácil de entrar na mata e siga em direção à base do grande diedro. O diedro não começa do chão, ele fica suspenso a uns 15m do chão. Para acessar a base é preciso solar um pequeno trecho para ganhar um grande platô. Vide croqui abaixo.
A via começa com um pequeno solo para ganhar um platô suspenso. É possível subir de tênis, desde que o mesmo seja adequado.
1a enfiada – Começa em oposição protegendo em móvel até a fenda alargar e virar uma chaminé. Quando a chaminé voltar a ficar apertada novamente, sai à esquerda, pela face, buscando as agarras até chegar na P1.
2a enfiada – Segue ainda pela face, protegendo em chapas, até virar o trecho mais vertical para então voltar à fenda e seguir por ela em oposição, protegendo sempre em móvel. O crux está no final da oposição, antes de virar o platô.
3a enfiada – Começa acima da parada dominando um balcão para ganhar um platô. Segue em travessia à direita protegendo em árvore e depois segue em diagonal à esquerda, pela face, até a base da outra fenda. Nesse trecho há uma chapa no meio da diagonal. O trecho fendado tem um pouco de vegetação e as colocações são razoáveis. O lance mais chato fica um pouco antes de dominar uma árvore caída.
4a enfiada – Segue pelo diedro até ganhar um platô, depois caminha pelo platô até a 3a árvore e mira para cima em leve diagonal à esquerda até achar uma chapa. Dessa chapa até a parada, a melhor forma é contornar pela direita para ganhar um platô que está logo acima, um pouco antes do cume de verdade.
Descida com 2 cordas de 60m de parada em parada. As paradas, P4 3 P3 estão com duas malhas e uma fita. As paradas P2 e P1 estão com um mosquetão e uma fita.
Para acessar esta face, siga a estrada que leva à via “Nem tudo está perdido”, (vide descrição acima) passando por um curral até “passar a pedra”. Este ponto fica entre duas drenagens que ficam depois do curral, num ponto mais alto. NÃO ENTRE NA MATA antes deste ponto, pois a mata é muito fechada e cheia de boulders.
Assim que passar a 1a drenagem e chegar num ponto mais alto e avistar a próxima drenagem, suba o pasto e atravesse de volta a drenagem na parte alta num trecho mais evidente (alguns totens demarcam esse ponto). Suba pelo pasto sujo (30m) procurando sempre os pequenos totens que tentam marcar a trilha. Na mata, procure caminhar por uma drenagem suja, resquício de um grande desmoronamento recente até encontrar a pedra. Assim que bater na pedra, siga “costeando” a pedra até a base da via.
13/07/2014
Naoki Arima, Sandro Sousa e Zé Márcio
2 cordas de 60m; 2 jogos de friends ( 01 #C3 até #4 Camalot ou equivalente); 1 jogo de nuts; Muitas fitas.
1a enfiada – Enfiada em aderência com agarras protegendo em chapas (2) e árvores. Parada em móvel (peças médias) num platô razoável. 45m.
2a enfiada – Começa protegendo em móvel por uma fenda e depois entra na face. Protege em três chapeletas de inox e cai num grande platô. A parada pode ser feita nas árvores, mas é mais confortável montar uma parada em móvel (peças pequenas a média). 35m
3a enfiada – A enfiada segue por uma fenda frontal bem óbvia que no final arqueia à esquerda. A parada móvel (peças pequenas) fica um pouco antes de entrar na mata, num pequeno platô. 25m. Há a possibilidade de juntar a 3a e a 4a enfiada.
4a enfiada – Trecho curto de uns 15m até uma árvore grande. Há a opção de fazer a parada um pouco mais acima para ficar num lugar menos desconfortável (parada móvel). A dica aqui é não ir pelo mato, mas sim continuar seguindo a fenda. É mais difícil, mas é mais legal!
5a enfiada – Enfiada em arco num diedro em móvel passando por baixo do grande teto. A P5 (fixa) está depois da virada do teto. 20m.
6a enfiada – Enfiada segue reto para cima, com proteção móvel e ancoragem natural, ora escalando na pedra, ora no mato. No trecho final, depois do diedro, a rocha está bem decomposta. Atenção redobrada para não derrubar nada no segue. Parada fixa num platô confortável. 35m
7a enfiada – Enfiada crux. Sobe uma rampa e depois vira um negativo com rocha suspeita e proteções marginais. Expo! Depois, passa para a fenda da direita até a parada fixa (2 grampos de inox). 20m. Há a opção de juntar a 7a e a 8a enfiada, mas a comunicação fica muito comprometida.
8a enfiada – Escalada tranquila pela canaleta e face protegendo em móvel até o cume. Parada natural equalizada em várias árvores.
Do cume, em ancoragem natural, rapelar com 2 cordas até a P7.
Da P7 até a P6 com uma corda.
Da P6 até a P5.
Da P5 até a P3 de outra via que fica à esquerda da Sonho Molhado (55m). Vide croqui.
Da P3 até a P1 da outra via (40m).
Da P1 até o chão (40m).
Tirando os grampos e chapeletas das paradas, há apenas 3 chapeletas na via. Todas na 3a enfiada.
A via requer um bom conhecimento do uso de equipamento móvel, principalmente para montar a parada móvel;
A rocha no crux, 7a enfiada, é bem suspeita. Usar o máximo de peças para proteger o lance;
A face fica voltada para o sul. Durante o inverno, não bate sol o dia todo. Já no verão, o sol chega por volta do meio-dia na parede;
Costuma ventar bastante e fazer um pouco de frio, levar anorak;
As chuvas passageiras, normalmente, vêm de sul e as chuvas mais intensas de norte. Observe sempre a direção dos ventos.
09/08/2014
Naoki Arima, Sandro Sousa e Zé Márcio
2 cordas de 60m; 2 jogos de friends ( 01 #C3 até #4 Camalot ou equivalente); 1 jogo de nuts; 8 costuras.
1a enfiada – A via começa em uma aderência de uns 10m com uma chapa no meio e segue em direção a uma laca protegida em móvel (peças pequenas) até ganhar um platô. Parada com chapa e grampo. 40m. IVo grau com um lance de Vo.
2a enfiada – Segue pelo diedro bem óbvio que fica à esquerda do platô protegendo em móvel até quase o fim da fenda para depois fazer uma pequena travessia à direita até a parada dupla. 15m. IV grau. Peça média.
3a enfiada – Enfiada crux pela face. O lance mais duro fica na virada do pequeno teto. Depois segue sem maiores dificuldades até a parada dupla. Enfiada protegida com chapa de inox (8 chapas). 30m. VI grau.
4a enfiada – Segue pelo diedro óbvio intercalando chapa com proteção móvel até a base do diedro em arco. Parada móvel (peça pequena #0.3-#0.75). A enfiada tem alguns trechos com mato e terra bem solta.
5a enfiada – Enfiada comum a via Sonho Molhado. Enfiada em arco num diedro em móvel passando por baixo do grande teto. A P5 (fixa) está depois da virada do teto. 15m. Peça média.
6a enfiada – A enfiada começa fazendo uma travessia à esquerda em busca de uma chapa e depois segue a travessia passando por uma canaleta para ganhar um platô com bloco, onde há mais uma chapa. Desse ponto em diante, basta seguir para cima pelos cristais até a parada dupla. Há duas proteções que o chumbador não deu torque sendo batido outra chapa ao lado. Não confundir com a parada (Retiradas em 12/2015). 60m. 8 proteções. V grau.
7a enfiada – Não aparece no croqui abaixo, mas segue à esquerda em diagonal usando proteção natural até o cume. Não há proteção fixa nem móvel, somente proteção natural. Trechos com bastante terra solta. 50m. IV grau.
P7 até a P6 – 50m.
P6 até a P5 – 60m
P5 até a P3 – 50m
P3 até a P1 – 40m
P1 até a Base – 40m.
07/05/2016
Naoki Arima, Eric Penedo, Gillan Schirmer e Pedro Pires
2 cordas de 60m; 1 jogos de Camalot (#.3 - #3); 1 jogo de nut.
1a enfiada – A via começa na mesma saída da “Xixi na Cama”, no entanto, segue reto para cima. A 1a enfiada tem aproximadamente 40m e está protegida com 6 chapeletas mais a parada. IVo grau.
2a enfiada – A via segue reto para cima em direção à parte esquerda do platô, dominando uma série de balcões até chegar na parte mais inclinada da rocha, onde está o crux. Para dominar o platô, a melhor opção é ir até 30+a última chapa e depois realizar uma travessia à direita. Parada móvel (Camalot #0.4 – #3) ou natural em árvore. Mesma parada da “Sonho Molhado”. Vo grau. 30m. 5 proteções fixas.
3a enfiada – A enfiada começa à direita da fenda principal, por uma fenda frontal de dedo protegida em móvel (nuts e friends pequenos). Assim que a fenda acabar segue em diagonal à direita em direção à aresta onde tem uma espécie de laca descolada. Não é a principal laca descolada, mas uma que fica mais abaixo. Enfiada de 40m com 5 proteções fixas mais a parada. A dica é colocar uma costura ou 2 mosquetões simples na chapeleta da aresta (última antes da parada) a fim de evitar que a corda passe na laca, em caso de queda, tanto para o guia quanto para o segundo. 6o grau25. Móvel + 6 proteções. 40m.
É possível rapelar dessa parada, pelo outro lado da aresta, até o chão em rapel único de 60m (cravado).
4a enfiada – A via segue pela aresta. Logo na saída há 2 chapas onde fica o crux da enfiada (7a), mas pode ser passado em A0 até dominar um platô (lance obrigatório). No platô, há uma chapa no lado esquerdo, na base da grande laca. Usar costura curta para proteger a corda. A via segue por uma chaminé de meio corpo abraçando a laca até montar nela. Ao final, há uma chapa em cada lado da aresta para direcionar a corda corretamente. Depois, a linha segue em diagonal à direita por uma aderência até a parada que fica no início de uma fissura. 7o grau ou A0. 7 proteções fixas. 25m.
5a enfiada – A enfiada segue pela fissura protegendo em móvel. O crux da enfiada está logo na saída onde a fissura é menos proeminente. Depois ela fica mais tranquila (Camalot #.3 – #2) até sumir em um mato. Antes da mata, fazer uma travessia em agarras até uma proteção fixa e depois seguir reto para cima até a próxima proteção fixa. Depois toca reto até a parada dominando alguns platôs. 2 proteções fixas + móvel. 50m
6a enfiada – A enfiada começa fazendo uma dominada de uns 4m toda protegida em móvel por uma laca bem óbvia. Após a dominada (crux), a via se encontra com a última enfiada da “Sonho Molhado” e segue até o cume protegendo em móvel por um terreno fácil. 50m. Móvel.
A melhor opção é descer de parada em parada até a P3 e da P3 até o chão em um rapel de 60m. Uma vez na base, caminhar até o grande desmoronamento e descer por ele até a base.
2018
Naoki Arima, Eric Penedo, Zé Márcio e Rodrigo Guizzardi
Duas cordas de 60m, 13 costuras, Camalot C3 pequeno e 1 jogo de Camalot até o #3.
Essa variante começa na via “Sonho Molhado” e no meio da 2ª enfiada sai à direita em direção à aresta da pedra onde se encontra a P2 da via.
A primeira enfiada da variante segue pelo diedro que está logo acima, protegendo em móvel (peças pequenas) e depois sai à esquerda até ganhar um platô. Depois, a via segue pela aresta até a parada que está abaixo da parada da via “Vivendo o Sonho”. 40m, 7a. 13 costuras e Camalot C3 (pequeno), C4 pequeno e um #1.
A segunda enfiada segue pela aresta protegendo em móvel até encontrar a parada da via “Vivendo o Sonho” e depois segue por ela até o cume.
Descida – Descer pela mesma linha de rapel da via Vivendo o Sonho.
A Xixi Molhado é uma variação da via Xixi na Cama que evita a 4a enfiada da via (suja). Em vez disso, na P3 faz-se uma pequena travessia à direita até o Platô da via Sonho Molhado (P2) e depois segue pela fenda frontal até a P4 e depois segue pela Xixi na Cama até o final.
Levar 2 jogos de Camalot do #.4-#3. Camalot #4 opcional.
A variante Sonho na Cama é uma variante da via Sonho Molhado que evita o trecho mais exposto da via. Na P5, em vez de seguir reto para cima, faz-se uma travessia à esquerda para entrar na 6a enfiada da via Xixi na Cama para seguir até o cume.
27/03/2016
Naoki Arima e Gillan Schirmer.
2 cordas de 60m; 2 jogos de Camalot. Incluindo #5 e #6 para 2a enfiada. Fitas longas para proteção natural.
08/09/2023
Eric Penedo, Thadeu Basto, Naoki Arima e Gillan Schirmer.
2 cordas de 60m; 2 jogos de Camalot.
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